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Gabinete de investigação de acidentes aéreos propõe nova taxa para financiar actividade

Álvaro Neves, director do GPIAA, queixa-se à TSF da falta de orçamento que impede a instituição de "liderar uma investigação de um grande acidente aéreo em território nacional". Os Governos continuam "convencidos que a Nossa Senhora de Fátima nos livrará de um acidente grave", justifica.

Bloomberg
Negócios 18 de Outubro de 2016 às 07:44
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O director do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA) defende a introdução de uma nova taxa de 20 cêntimos por passageiro ou a utilização de parte da taxa de segurança aérea para financiar a instituição que está "estrangulada por um garrote até à inoperacionalidade".

Numa entrevista à TSF, Álvaro Neves diz que a sua proposta de financiamento continua sem respostas do actual Governo – o organismo a que preside é tutelado pelo Ministério do Planeamento e das Infraestruturas – tal como terá acontecido com com o anterior.

Sem essa verba, a prevenção e a investigação de acidentes em Portugal fica em causa, refere à rádio, numa altura em que o GPIAA é "incapaz de liderar uma investigação de um grande acidente aéreo em território nacional".

O valor a arrecadar com a taxa nova ou o uso de parte da existente seria conduzido para um fundo de reserva a usar pelo Estado em caso de acidente grave, como um acidente no mar, onde a recuperação de uma caixa negra custa milhões de euros.

Segundo o director, o orçamento de 500 mil euros foi cortado em 40%  pelo actual Governo, impedindo que se cumpram as obrigações financeiras correntes. Resultado: mais de 100 processos pendentes e "enorme falta de meios humanos, materiais e financeiros". E até a linha de emergência usada para reportar acidentes foi cortada pelo fornecedor durante três dias, pondo em causa o tempo útil de seis horas para dar conta de ocorrências.

Álvaro Neves justifica a falta de resposta dos Executivos "talvez por continuarem convencidos que a Nossa Senhora de Fátima nos livrará de um acidente grave", uma ocorrência que, defende, acontecerá mais cedo ou mais tarde. 

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