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Boeing estima que pandemia tenha “apagado” dois anos de crescimento à indústria de aviação

A fabricante de aeronaves estima que a pandemia tenha eliminado cerca de dois anos de crescimento à indústria da aviação comercial, de acordo com as previsões a vinte anos feitas pela empresa.

Bloomberg
14 de Setembro de 2021 às 17:12
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A fabricante de aeronaves Boeing estima que a pandemia de covid-19 tenha eliminado até dois anos de crescimento à indústria, de acordo com o "outlook" para as próximas décadas partilhado pela empresa. Segundo estes dados, que contêm um olhar à indústria até 2040 e não apenas ao negócio da Boeing, as previsões estão agora 7% abaixo dos números antes da pandemia.

Na análise global até 2040, a Boeing estima um crescimento de 3,1% nas dimensões gerais das frotas e um aumento de 4% no tráfego. Nos próximos vinte anos, a visão geral aponta para entregas de 43.610 aviões. Deste número, a grande maioria das aeronaves até 2040 será de corredor único (32.660 aviões). Este tipo de avião é particularmente popular entre as companhias aéreas low-cost, que a Boeing também estima que continuem a crescer nos próximos 20 anos, tal como aconteceu nas anteriores análises.

A Boeing projeta que a indústria de aeronaves ultrapassará os 9,5 biliões de dólares em valor de mercado. Nesta ánalise, o mercado da América do Norte e a Europa vão partilhar o maior peso, com 22% e 20%, respetivamente. A estimativa aponta para um valor de mercado dos serviços ligados a esta indústria de 1,895 mil milhões de dólares na Europa. A China também tem um papel de peso nesta lista, com uma quota de 19%, com um valor estimado de 1,8 mil milhões de dólares.

Olhando especificamente para a região da Europa, este "outlook" da fabricante aponta para entregas de 8.705 aeronaves e um crescimento de 2,7% da dimensão das frotas.

Citado pelo Financial Times, Marc Allen, o responsável pela estratégia da empresa, aponta que a empresa norte-americana está a sentir alguma retoma no comportamento dos passageiros, após a pandemia de covid-19. "O comportamento dos passageiros, que estão a voltar às viagens, é uma questão fundamental que nos dá muita confiança".

O "outlook" da Boeing é publicado numa altura em que a empresa está a aumentar de forma gradual a entrega de aviões 737 Max, depois de um ano e meio em que este modelo esteve impossibilitado de voar por ordem dos reguladores, após duas quedas que envolveram este tipo de aeronave, o primeiro em outubro de 2018 e o segundo já em março de 2019.
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