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Companhias esperam dois anos por novos aviões
Produção de aeronaves de fuselagem estreita, como o conhecido A320, está a ser afetada pelos constrangimentos no abastecimento mundial.
As encomendas de aviões de fuselagem mais estreita, como é o caso do A320, enfrentam uma lista de espera para entrega de cerca de dois anos, revelou a Airbus ao Financial Times.
Christian Scherer, chefe de vendas da fabricante europeia que é número um mundial na comercialização de aviões, detalha ao jornal britânico que a procura por aviões da família do A320 tem sido tão elevada que os prazos de entrega foram agora alargados para 2024-2025.
"Gostava de ter mais aviões para vender. Há constrangimentos na cadeia de abastecimento dos componentes que são mais desejados… Nos aviões de fuselagem estreita isso afeta o A320, o A321 e também o A220", explicou o responsável ao Financial Times.
A Airbus conseguiu assegurar na semana passada duas encomendas de peso, incluindo um pedido do grupo Air Farnce-KLM para a entrega de 100 aviões A320 Neo e A321 Neo. Contudo, as primeiras entregas não deverão acontecer antes da segunda metade de 2023.
A procura das companhias aéreas tem sido, segundo Christian Scherer, por aeronaves mais eficientes do ponto de vista do consumo energético. Até porque, explicou, nem a nova variante tem travado a vontade da população me viajar. Atualmente, só da frota global na aviação é de última geração, isto é, mais eficiente do ponto de vista energético.
Se numa primeira fase as transportadoras aéreas mundiais cancelaram ou suspenderam as encomendas que tinham em marcha, por causa da paragem provocada pela pandemia, o certo é que os pedidos foram agora retomados e muitas companhias estão até pressionadas para a renovar as suas frotas.
A norte-americana Boeing já assegurou, até ao final de novembro, 692 encomendas do seu avião 737 Max. Já a gigante europeia Airbus recebeu, no mesmo período, 540 pedidos dos seus A321 Neo e A320 Neo.