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BE vai requerer audição parlamentar da administração e trabalhadores da Ryanair

O BE anunciou este domingo que vai requerer a audição no parlamento dos trabalhadores e da administração da companhia aérea Ryanair, considerando "absolutamente intolerável" que a empresa invoque a origem irlandesa "para não respeitar a legislação em Portugal".

Miguel Baltazar
01 de Abril de 2018 às 22:11
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O requerimento será entregue na Assembleia da República durante a próxima semana, com o pedido de "audição urgente" a ser extensível à Autoridade para as Condições do Trabalho, disse à Lusa o deputado bloquista Heitor de Sousa (na foto).

 

"É absolutamente intolerável que uma empresa que anuncia investimentos, que anuncia uma base para a sua operação na Europa em Portugal, invoque como razão substantiva para não respeitar a legislação em Portugal o facto de ser uma empresa com origem irlandesa", afirmou.

 

O BE reagia, deste modo, à forma como está a decorrer a paralisação dos tripulantes de cabina portugueses da Ryanair, à qual o sindicato do sector apontou irregularidades por parte da transportadora, como a violação do direito à greve.

 

Os tripulantes de cabina portugueses da companhia aérea irlandesa entraram hoje em greve pelo segundo dia não consecutivo.

 

A paralisação de três dias, que termina na quarta-feira, visa exigir que a transportadora aplique a legislação nacional, nomeadamente em termos de gozo da licença de parentalidade, garantia de ordenado mínimo e a retirada de processos disciplinares por motivo de baixas médicas ou vendas a bordo abaixo das metas da empresa.

 

De acordo com o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, a companhia está a substituir os grevistas portugueses recorrendo a outras bases europeias.

 

O mesmo sindicato avançou que a operadora está a contactar tripulantes na Europa para substituírem os grevistas portugueses, chegando inclusivamente a ameaças de despedimento, acusação que a Ryanair se escusou a comentar.

 

Num memorando enviado aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, a Ryanair admitiu ter recorrido a voluntários e a tripulação estrangeira durante a greve dos tripulantes portugueses.

 

A Autoridade para as Condições de Trabalho anunciou hoje que desencadeou uma inspecção na Ryanair em Portugal para avaliar as irregularidades apontadas pelo sindicato.

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