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Vodafone não exclui processos contra a PT por causa da partilha de rede

O presidente executivo da Vodafone Portugal diz que há leituras diferentes do acordo com a PT para partilha de rede. Ao Diário Económico, relembrou que a guerra pelos conteúdos desportivos vai ter impacto no preço ao consumidor.

Bruno Simão/Negócios
16 de Fevereiro de 2016 às 09:48
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Mário Vaz, presidente executivo da Vodafone Portugal, não esconde o descontentamento face à decisão da Altice, dona da Meo, em avançar sozinha no investimento da expansão da rede de fibra óptica.

Depois do acordo de partilha de rede de 900 mil casas entre a Vodafone e a PT ter terminado, no final do ano passado a Meo anunciou que ira alargar a sua cobertura a mais três milhões de casas até 2020, num investimento a solo.

O CEO (chief executive officer) porém, entende que o acordo entre as duas operadoras continua a prever investimentos conjuntos, uma visão que não é partilhada pela PT: "A Vodafone entende nas cláusulas relativas ao investimento futuro, que este deve ser partilhado mas não é essa a leitura que está a ser feita pela Altice. Essa componente do contrato em relação a casas futuras não está a ser aplicada neste momento", relembrou Mário Vaz, em entrevista ao Diário Económico, publicada na edição desta terça-feira, 16 de Fevereiro.

Por estas razões, o presidente executivo da Vodafone não afasta uma eventual acção judicial: "Se há entendimentos diferentes e leituras diferentes das cláusulas contratuais, há vias de clarificação e até no próprio contrato as prevê. Se vamos adoptar ou não essas vias, que passam por uma terceira parte que não está aqui incluída, quando e de que forma, não vou responder", acrescentou.

O líder da Vodafone Portugal relembrou também que a guerra disputada entre a Meo e a Nos pelos conteúdos desportivos terá impacto no preço final ao consumidor: "O que se espera é que exista uma relação baseada no custo, que foi inflaccionado. Se o preço aumenta de forma expressiva terá de haver replicação do lado dos consumidores".

Mário Vaz voltou ainda a apontar o dedo a eventuais exclusividades destes conteúdos por parte dos operadores, sublinhando que "isso seria distorcer as regras da concorrência". "Não passa pela cabeça que o conteúdo desportivo não esteja aberto para todos os operadores porque isso significaria distorcer completamente as regras da concorrência", concluiu.

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