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Telecoms portuguesas perderam 1,5 mil milhões em cinco anos
O sector de telecomunicações em Portugal perdeu mais de 1,5 mil milhões de euros de receitas em cinco anos. No ano passado, facturou menos 2,9% do que em 2014, avança um estudo da Informa D&B.
Há um ano, a Informa D&B, no seu estudo anual sobre serviços de telecomunicações, avançava que este sector tinha finalmente saído da crise, registando um aumento da facturação de 1,5% face ao ano anterior, "sendo esperada uma aceleração moderada do ritmo de crescimento no biénio 2015-2016".
Na realidade, não só a facturação em 2014 decresceu 8% em relação ao exercício anterior como o sector "terminou o ano de 2015 em Portugal com uma quebra no volume de negócios de 3%, num contexto de forte pressão sobre os preços nos diferentes segmentos de mercado", informa a D&B, em comunicado enviado esta quinta-feira, 25 de Fevereiro.
"Esta quebra no volume de negócios surge na continuidade de um decréscimo registado já em 2014 (menos 8% face a 2013) e em 2013 (menos 5,2% face a 2012)", acrescenta a mesma consultora. Contas feitas, este sector perdeu mais de 1,5 mil milhões de euros de receitas em cinco anos, para cerca de 5,6 mil milhões em 2015.
Ainda sem dados por segmento relativos a 2015, o mais recente estudo da Informa D&B sobre o sector destaca a desfavorável evolução da facturação no mercado do serviço telefónico móvel em 2014, para 1.960 milhões de euros, cerca de 9% menos do que em 2013 e 40% abaixo do máximo alcançado no ano de 2008.
Em 30 de Junho de 2015 operavam no sector português de serviços de telecomunicações 96 empresas, menos cinco do que um ano antes, enquanto o volume de emprego registava, no fim de 2014, 13.690 trabalhadores, valor também ligeiramente inferior ao do exercício anterior.
O estudo da Informa D&B realça ainda que a estrutura empresarial do sector caracteriza-se pela forte concentração da oferta, reforçada nos últimos anos com importantes operações corporativas por parte dos principais operadores. Os três maiores (Meo, Nos e Vodafone) geraram conjuntamente, em 2014, aproximadamente 80% da facturação global.