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Vodafone não desiste de compra da Nowo e apresenta novo pacote de remédios à AdC

Operadora avançou com novos compromissos para fazer face às preocupações da Autoridade da Concorrência (AdC). Tal como avançou o Negócios, o primeiro chumbo da AdC prendeu-se com o chamado "efeito Nowo".

DR
21 de Fevereiro de 2024 às 13:10
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A Vodafone Portugal entregou um novo pacote de "remédios" soluções apresentadas para fazer face às preocupações com a concorrência - à Autoridade da Concorrência (AdC), noticia esta quarta-feira o Expresso. A informação terá sido confirmada pelo próprio CEO da operadora, Luís Lopes, que diz que os compromissos foram apresentados no mês passado.

 "A Vodafone confirma ter apresentado um segundo pacote de compromissos junto da Autoridade da Concorrência no âmbito do processo de aquisição da Nowo. Este novo pacote complementa o anteriormente apresentado, onde já se incluía um acordo com a Digi prevendo a cedência de parte do espectro da Nowo e o acesso a uma oferta grossista bitstream sobre a rede de fibra óptica detida pela Vodafone", afirmou, entretanto, fonte oficial da Vodafone ao Negócios.


A decisão acontece depois de em janeiro, tal como avançou o Negócios, a Vodafone ter visto a AdC chumbar os "remédios" apresentados. Na base do chumbo, sabe o Negócios, está o chamado "efeito Nowo", que se prende com o facto de nos concelhos portugueses em que a Nowo está presente todos os operadores praticarem preços mais baixos, o que aos olhos da AdC atribui à operadora um valor concorrencial superior ao que a empresa poderá ter.

"Surpreendeu-nos que a AdC tenha avançado para investigação aprofundada, e rejeitado o nosso primeiro pacote de remédios. E ficaríamos muito surpreendidos se agora voltasse a não aceitar", disse Luís Lopes ao Expresso, salientando que os remédios que apresentou à AdC são semelhantes aos aplicados pela Orange e MásMóvil - que ontem viram Bruxelas dar luz verde à fusão das duas empresas.

A aquisição da Nowo pela Vodafone foi anunciada em setembro de 2022, tendo em abril do ano passado a AdC aberto uma investigação aprofundada. Na altura, a concorrência justificou a decisão com o facto de "perante os elementos recolhidos, não poder excluir que a referida operação de concentração resulte em entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou em parte substancial deste, prejudicando os consumidores". 

Notícia atualizada às 14h32 com resposta de fonte oficial da Vodafone

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