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Trabalhadores da PT/MEO pedem reunião urgente a novo CEO

As estruturas representativas dos trabalhadores da PT/MEO pediram hoje uma reunião "com carácter de urgência" ao novo presidente executivo da empresa de telecomunicações, Alexandre Fonseca.

Miguel Baltazar/Negócios
23 de Novembro de 2017 às 11:40
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Segundo um comunicado, os sete sindicatos e a comissão de trabalhadores dizem estar "muito preocupados com a situação que se vive no Grupo Altice e na PT Portugal, em particular no seguimento das últimas alterações na estrutura de topo".

 

O pedido foi feito "com carácter de urgência", uma vez que as reuniões solicitadas à anterior presidente, Cláudia Goya, não tiveram qualquer resposta, contam.

 

As estruturas representativas dos trabalhadores "consideram oportuno e muito importante que o novo CEO se pronuncie sobre o documento entregue à anterior CEO, no passado dia 06 de Setembro".

 

As estruturas já tinham anunciado, na segunda-feira, que tinham pedido uma "reunião urgente" ao novo presidente executivo da multinacional francesa de telecomunicações Altice, Dexter Goei, devido ao "contexto muito preocupante" da empresa em Portugal, adquirida por aquele grupo.

 

No mesmo dia, a Altice indicou, em comunicado, que afasta a preparação de um eventual aumento de capital e confirmou os seus planos de desalavancar o balanço, reiterando que não irá procurar "novas oportunidades de fusões e aquisições significativas".

 

O fundador e principal accionista da Altice, Patrick Drahi, assumiu no início deste mês a presidência do Conselho de Administração, depois de o grupo ter anunciado a reorganização da administração juntamente com a demissão de Michel Combes, que era presidente executivo da Altice Holanda, director da Altice Holanda, director da Altice Estados Unidos e presidente do Conselho de Administração e presidente executivo do grupo de telecomunicações, televisão e rádio francês (SFR).

 

A sede da Altice é na Holanda, mas a relação com os investidores ocorre a partir da Suíça.

 

A liquidez disponível da Altice situou-se em finais de Setembro em 5.100 milhões de euros, enquanto a dívida total consolidada do grupo ascendia a 49.557 milhões de euros, mais 361 milhões do que no final do segundo trimestre, principalmente devido ao montante pago para adquirir acções do SFR, segundo consta da apresentação de resultados.

 

A Altice opera em dez territórios, desde Nova Iorque a Paris (SFR, BFM TV, Libération), Telavive (HOT), Lisboa (MEO), Santo Domingo (Altice Hispaniola), Genebra, Amesterdão e Dallas, e nos últimos anos multiplicou as suas aquisições.

 

Nos Estados Unidos adquiriu os operadores de cabo Suddenlink e Cablevision, segundo o diário suíço Le Temps.

 

A instabilidade da cúpula do grupo vem de longe, tendo em conta que em Setembro último também abandonou o cargo de presidente do SRF, Michel Paulin. 

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