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Reclamações contra operadores de comunicações subiram 4% no 1.º trimestre

A Vodafone foi o prestador com maior número de reclamações em termos absolutos e por mil clientes, mas a que mais viu o número subir no espaço de um ano foi a Meo. Os CTT concentraram 84% das reclamações no setor postal.

Os estudos globais apontam para a tendência de atividades de M&A no setor das telecomunicações.
GettyImages
03 de Julho de 2023 às 14:58
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A Anacom recebeu 28,5 mil reclamações escritas contra prestadores de serviços de comunicações nos primeiros três meses do ano. Este valor representa um aumento de 4% face ao mesmo período do ano anterior, revela o regulador das comunicações, numa nota enviada às redações. 

"Trata-se do primeiro aumento, face ao período homólogo, desde há mais de um ano, motivado sobretudo pelas comunicações eletrónicas, que se mantêm as mais reclamadas, com 20,2 mil reclamações (71% do total de reclamações), mais 5% face ao primeiro trimestre de 2022", refere.


Por operadores de telecomunicações, a Vodafone foi o prestador com maior número de reclamações, mas a que mais viu o número subir no espaço de um ano foi a Meo. 

"A Vodafone foi o prestador que registou mais reclamações em termos absolutos, 36% do total, correspondentes a cerca de 7,3 mil reclamações, número que traduz uma subida de 4%. A Vodafone apresenta também o maior número de reclamações por mil clientes (2 reclamações). A Meo foi o prestador que registou o maior aumento das reclamações (8%), com 6,1 mil reclamações, sendo responsável por 30% do total de reclamações do sector", afirma a Anacom. Já a Nos foi alvo de 6,1 mil reclamações, apresentando uma taxa de 1,8 reclamações por mil clientes. 

"A menor taxa de reclamações continuou a pertencer à Meo (1,1 reclamações por mil clientes)", acrescenta o regulador.

Aumento dos preços domina reclamações

A subida dos preços foi o motivo que mais impulsionou as reclamações, sendo responsável por 11% das reclamações do setor neste período. No total, foram feitas 2,1 mil reclamações sobre o aumento dos preços nos primeiros três meses do ano, mais 1,8 mil do que no mesmo período do ano anterior.

"Destaque também para as questões sobre transparência contratual, com a falta ou desconformidade da informação sobre os preços, serviços e funcionalidades a contribuir com 3% das reclamações do sector, registado também um aumento neste período", detalha a Anacom.

Reclamações no serviço postal também subiram

Além do aumento das queixas nas comunicações eletrónicas, também o setor postal viu o número subir, com 8,2 mil reclamações feitas no primeiro trimestre. Face ao mesmo período de 2022, as reclamações aumentaram 1%, representando 29% do total.

"A falta de tentativa de entrega no domicílio foi o motivo mais mencionado nas reclamações sobre serviços postais", elenca o regulador, detalhando que estas representaram 18% do total de reclamações do sector. Já os atrasos na entrega e o extravio, em particular o de correio registado nacional, foram os motivos que mais aumentaram face ao primeiro trimestre de 2022.

Os CTT foram responsáveis pela grande maioria das reclamações registadas pelo regulador no setor postal, tendo motivado 6,9 das 8,2 mil reclamações deste sector (84%), conclui a Anacom.

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