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Reclamações nas comunicações diminuíram em 2022. Apenas Vodafone viu o número subir

Por operador, a Vodafone foi o prestador alvo de mais reclamações em termos absolutos, 36%, e também o único que viu este número aumentar face a 2021. Contudo, a NOS foi o prestador que registou mais reclamações por mil clientes.

O leilão do 5G terminou a 27 de outubro. As primeiras licenças de direitos de utilização de frequência foram atribuídas a 26 de novembro.
IStockphoto
01 de Março de 2023 às 14:52
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As reclamações nas comunicações eletrónicas diminuíram em 2022. Foram feitas 72,5 mil reclamações, o que representa um decréscimo de 10% face ao ano anterior, divulgou esta quarta-feira a Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom). 

Por operador, a Vodafone foi o prestador alvo de mais reclamações em termos absolutos, 36%, e também "o único que viu este número aumentar face a 2021". Segundo a Anacom, as reclamações contra este prestador subiram 12%.

Já a Nos foi o segundo operador de telecomunicações com maior número de reclamações, reunindo 31% das reclamações totais. Segue-se a Meo, com 29%, e a Nowo, com 3%.

"Se atendermos à taxa de reclamações, a NOS foi o prestador que registou mais reclamações por mil clientes – 7,2 –, seguida da Vodafone, com 7,1. A MEO apresentou a menor taxa de reclamação, com 3,7 reclamações por mil clientes", acrescenta o regulador.

Por distrito, Setúbal foi aquele que registou mais reclamações, com cerca de 88 reclamações por 10 mil habitantes, seguindo-se Lisboa com 86,2.

Os problemas na contratação de serviços dominaram as reclamações, tendo sido o único assunto a aumentar neste período. "Ao todo foram recebidas 20 mil reclamações sobre estas dificuldades, cerca de 28% das reclamações sobre comunicações eletrónicas", revela o regulador.

Em sentido inverso, detalha a Anacom, assistiu-se a uma melhoria em matéria de demora no tratamento de reclamações, tendo sido o motivo que mais diminuiu em 2022 no setor das comunicações eletrónicas.


CTT dominam reclamações no setor postal

Também no setor postal as reclamações diminuíram. "Existiram 37,2 mil reclamações em 2022, menos 22% do que no período homólogo", refere a Anacom, apontando que os CTT foram responsáveis por 31,8 mil das reclamações - o que representa 86% do valor total.

Apesar de deterem a maior fatia de reclamações, os CTT viram o valor total cair 23% em 2022.

"A DPD é o segundo operador postal mais reclamado, com 2,5 mil reclamações, menos 27% do que em 2021. O conjunto de outros prestadores menos reclamados (UPS, General Logistics, DHL, CEP, TNT, entre outros) representa ao todo 8% das reclamações registadas pela Anacom", pode ler-se no documento divulgado pelo regulador.

A falta de tentativa de entrega no domicílio foi o motivo mais mencionado nas reclamações sobre serviços postais, sendo a causa de 19% do total de reclamações do setor. "O atraso na entrega de objetos postais e a deficiente cobertura de serviço foram os que mais aumentaram face a 2021", acrescenta a Anacom.

No total, considerando as comunicações eletrónicas e o sector postal, a Anacom diz ter registado em 2022 cerca de 109,7 mil reclamações escritas contra prestadores de serviços de comunicações, menos 15% do que em 2021. "Apesar da descida, o setor continua a registar um número de reclamações muito superior ao que se verificava no período pré-pandémico", alerta.

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