"Como é habitual em qualquer trabalho desta natureza foram emitidas minutas preliminares dos relatórios, para discussão com o conselho de administração da PT SGPS", assumiu esta tarde, na comissão de inquérito parlamentar ao BES/GES, José Alves, presidente da PricewaterhouseCoopers (PwC), auditora que analisou as aplicações feitas pela PT em instrumentos de dívida de empresas do grupo Espírito Santo.

José Alves acrescentou que "os comentários recebidos foram apreciados e reflectidos, na medida considerada adequada pela PwC, no relatório final".

A explicação de José Alves torna-se relevante, por se ter referido que haveria várias versões do relatório e que tinham sido discutidos com a administração da PT SGPS, antes de ser produzido o relatório final que só acabou entregue a 6 de Janeiro e depois de buscas da Polícia Judiciária, com a colaboração da CMVM, à PT SGPS e à própria PwC.

A PwC confirmou esta tarde que a 12 de Dezembro do ano passado foram emitidos três relatórios finais com a análise independente dos procedimentos de controlo interno, análise do modelo de gestão de risco e planeamento de auditoria interna e estrutura societária da ESI/Rioforte. O relatório final com a "análise factual das aplicações de tesouraria" foi, então, entregue a 6 de Janeiro. No conjunto foram feitos pela PwC quatro análises.

Questionado pela deputada bloquista sobre as conclusões à auditoria da PT, José Alves remeteu para o relatório, dizendo que "aquilo que é possível concluir está expresso no próprio relatório. Não consigo dar informação adicional sobre essa matéria. O que lá está é descrição de factos e com base nisso em algumas situações poderá tirar-se ilações noutras não". E concluiu dizendo que "não consigo dizer-lhe mais do que o que está no relatório".