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Processo de recuperação da Oi deve ficar fechado até ao início do terceiro trimestre

O CEO da Oi considera que o plano de recuperação da operadora de telecomunicações responde a diferentes perfis dos credores e o processo deve ficar concluído até ao início do terceiro trimestre. A intervenção do Governo não é o cenário neste momento.

Reuters
23 de Março de 2017 às 14:59
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Para o presidente executivo da Oi, Marco Schroeder, o plano de recuperação judicial apresentado pela empresa "é equilibrado", sublinhando que "responde a diferentes perfis dos credores". O responsável explicou assim o novo plano de recuperação, que prevê a conversão de capital e a emissão de obrigações. 

 

Durante a conferência telefónica com investidores e analistas, o responsável sublinhou que a conclusão deste plano, "foi um passo importante".  "O plano reflecte o feedback que temos recebido em diferentes reuniões com diferentes grupos de credores", sustentou.

 

Por estas razões, o gestor está confiante que "em breve vamos arquivar [o processo] no juízo".

 

O presidente executivo da Oi sublinhou ainda que na proposta anterior, apresentada pela Oi em Setembro, o plano propunha pagar em sete anos após 10 anos de carência. Agora, com a nova proposta, o prazo de carência reduz-se de 10 anos para seis anos.

Além disso, o anterior plano previa a conversão da dívida até 85% do capital. A recente proposta propõe até 25%.

 

Quanto às previsões da média do prazo para concluir o processo, o responsável explicou que "é o maior processo de recuperação judicial no Brasil". Mas a intenção é resolver quanto antes.

 

O objectivo passa por publicar a lista final de credores em Abril, detalhou, acrescentando que só depois o juiz poderá agendar a assembleia de credores para a aprovação final do plano.

 

Tendo em conta estes passos, acredita que "no segundo trimestre ou início do terceiro trimestre" o processo esteja resolvido.

 

Questionado sobre o risco de intervenção do Governo na Oi, através do regulador (a Anatel), Marco Schroeder respondeu que vê "com extrema naturalidade o facto da Anatel estar preparada na eventualidade de haver algum risco da continuidade da prestação do serviço. Mas gostaria de destacar que não tem havido sinal de deterioração do serviço", por isso, "não é o cenário neste momento".

A conferência com analistas ocorreu depois de ontem à noite a operadora de telecomunicações, detida em 27% pela Pharol, ter revelado um aumento de prejuízos para 7.121 milhões de reais (2,14 mil milhões de euros), o que compara com prejuízos de 6.649 milhões de reais (2 mil milhões de euros) no ano anterior.

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