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Oi garante que "não há nada que coloque em risco o serviço" aos clientes e ao sector
A operadora de telecomunicações brasileira garante que "está comprometida em garantir a sustentabilidade da companhia" e o seu presidente defende que esta missão está a ser bem-sucedida.
"A Oi informa que sua administração está comprometida em garantir a sustentabilidade da companhia e os resultados positivos que têm sido obtidos demonstram a viabilidade da empresa e sua robustez operacional", realça a operadora de telecomunicações brasileira num comunicado emitido.
A Oi, detida em 27% pela portuguesa Pharol, defende que tem conseguido manter as actividades "normalmente" e que o negócio tem "apresentado [uma] boa performance", tendo observado um "aumento na geração de caixa e crescimento no volume de investimentos em 2016, além de melhoria nos indicadores de qualidade e nos índices de satisfação dos clientes."
A operadora de telecomunicações "entende que as melhorias que vem registando mostram que não há nada que coloque em risco o serviço que a companhia presta a seus clientes e à cadeia do sector de telecomunicações" numa reacção ao facto de a Anatel, regulador das telecomunicações brasileiro, ter pedido, na semana passada, informações para aferir qualquer interrupção de prestação de serviços por parte da Oi, revela a Agência Brasil.
O comunicado emitido na sexta-feira, 30 de Março, surge numa altura em que, de acordo com a imprensa brasileira, o Governo tem estado a ponderar uma intervenção na operadora, que pediu protecção judicial em Junho de 2016. A Agência Brasil adianta que, recentemente, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, revelou que o governo está preparando uma "medida provisória", com vista a uma intervenção na operadora, caso se verifique ser necessário.
O presidente da Oi realça, no mesmo comunicado, que a equipa de gestão "tem o compromisso de garantir a sustentabilidade da companhia" e assegura que estão a ter "sucesso nessa missão".
"É parte do nosso comprometimento também buscar intensamente e incansavelmente as alternativas possíveis para viabilizar o entendimento, o mais rapidamente possível, entre accionistas e credores, no sentido de se chegar a um acordo que assegure um ambiente positivo para o futuro da Oi", adianta Marco Schroeder.
E numa altura em que decorrem as negociações com vista à reestruturação da empresa que está sob protecção contra credores, o presidente diz ser "importante que as duas partes, entendendo suas responsabilidades, se engajem para alcançar a aprovação de um plano de Recuperação Judicial que fortaleça a Oi. Tenho certeza que há um interesse comum pelo bem da companhia e buscarei ser um facilitador do entendimento".