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Pharol terá nove administradores seus no conselho da Oi

São nove administradores da Pharol que terão assento também no conselho de administração da Oi, de acordo com a proposta avançada pela empresa brasileira e que será discutida na assembleia-geral marcada para 1 de Setembro.

Luís Palha da Silva, presidente da Pharol, diz esperar que não seja demorada a entrada dos processos em tribunal.
Pedro Elias/Negócios
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Os dois elementos do Novo Banco que estão representados na Pharol (ex-PT SGPS), Francisco Cary e Jorge Cardoso, vão também ter assento na administração da Oi.

De acordo com a lista para o conselho de administração que será votada na assembleia-geral da empresa brasileira a 1 de Setembro, são nove os elementos que estão na administração da Pharol que irão também para a Oi.

Além dos dois representantes do Novo Banco estarão também os dois administradores da Ongoing - Rafael Mora e Nuno Vasconcellos. Numa das últimas propostas, antes da mudança do acordo - e quando ainda se acreditava que iria ser constituída a CorpCo - que foi feita, Nuno Vasconcellos tinha saído da proposta para administrador, mas agora volta a surgir.

Vai também assumir um lugar no conselho o representante da Visabeira, João Castro, que está também na Pharol.

Além destes responsáveis, directamente ligados a accionistas, há três outros elementos que vão ter assento na Oi: o próprio presidente da Pharol, Luís Palha da Silva, além de Pedro Morais Leitão e João Vicente Ribeiro. Pedro Morais Leitão, irmão de Miguel Morais Leitão, secretário de Estado de Paulo Portas, saiu da Oni quando a Altice comprou a empresa.

João Vicente Ribeiro foi presidente da PME Investimentos e ocupou cargos na alta-direcção do BPA e do BCP. João Vicente Ribeiro esteve, também, com Miguel Cadilhe na administração do BPN, nos momentos antes da sua nacionalização. Já com o actual Governo, mas ainda com Cecília Meireles na pasta do turismo, João Vicente Ribeiro coordenou o grupo de trabalho para definir uma "estratégia integrada de apoio às empresas turísticas".

Victor Gonçalves, professor do ISEG, vai também ficar na Oi, além de já estar na Pharol.

Além destes administradores, a Oi terá também os conselheiros do lado dos accionistas brasileiros. José Mauro da Cunha mantém-se como presidente do conselho. Mas pelos accionistas controladores é o Estado que ganha peso. O vice-presidente do BNDES, Fernando Marques Santos, entra no conselho de administração. Rubens Mário Alberto Waschlz está na Fundação Getúlio Vargas; Sérgio Quintella, Joaquim Dias de Castro, Luiz Antonio do Souto Gonçalves já estiveram no BNDES; Ricardo Malavazi Martins, Cristiano Yazbek Pereira, Thomas Reichenheim e Sergio Bernstein, todos ligados ao grupo Jereissati.

Não é, pois, perceptível quem está pela Andrade Gutierrez, que está a braços com a justiça por causa do caso Lava Jato. Otávio Azevedo, que era um dos representantes desta construtora na Oi, foi detido na sequência desse processo, aguardando ainda pela acusação. No entanto, entra no conselho Robin Bienenstock, considerada especialista do sector, e que tinha sido anunciada para a CorpCo pela Andrade Gutierrez

Foi ainda comunicado que Marcos Grodetzky, que até Outubro de 2013 esteve no grupo de media Abril, irá integrar o conselho. Entra, ainda, Marten Pieters que fez carreira na Vodafone, de onde saiu este ano.

Será esta a lista de administradores que os accionistas da Oi vão votar e será composta por 11 membros efectivos que "terão mandato até a assembleia-geral que aprovará as demonstrações financeiras do exercício social findo em 31 de Dezembro de 2017".
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