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Oi vai iniciar negociações com credores de dívida
O conselho de administração da Oi acordou avançar com a renegociação da dívida da operadora, que tem como maior accionista a Pharol.
A Oi vai arrancar esta semana as negociações com os credores de dívida. A operadora informou, em comunicado emitido ao regulador brasileiro (CVM), que "o conselho de administração aprovou que a directoria da Oi dê início a negociações relativas às dívidas financeiras da Oi e de suas controladas".
Nesse seguimento, a operadora que tem a Pharol como maior accionista com 27,5% do capital, e os "seus assessores têm reuniões marcadas nessa semana em Nova Iorque para iniciar discussões formais com a Moelis & Company, na qualidade de assessor para um comitê formado por um grupo heterogêneo de titulares de bonds emitidos pela Oi e por suas subsidiárias Portugal Telecom International Finance B.V. e Oi Brasil Holdings Coo¨pertief U.A.", lê-se no mesmo comunicado.
A Oi solicita ainda que os titulares de dívida que "não façam parte do comité contactem a Moelis & Company e se juntem ao Comitê".
Em Abril a Oi assinou um acordo com a Moelis & Company, para a empresa norte-americana assessorar os credores de dívida da operadora, de modo a agilizar o processo de reestruturação de dívida.
A operadora liderada por Bayard Gontijo "entende que a celebração desse acordo de confidencialidade com esse assessor de titulares dos 'bonds' configura um passo inicial para discussões produtivas e ágeis relativas aos termos de uma potencial reestruturação de suas dívidas", segundo o comunicado emitido em Abril, quando anunciaram a assinatura do acordo.
A dívida líquida da Oi, a grande dor de cabeça da empresa, subiu 25,5% no final de Março para 40,8 mil milhões de reais (10,2 mil milhões de euros).
Nas últimas semanas a Oi tem estudado opções para diminuir o seu forte endividamento, tendo contratado a PJT Partners para ajudar a encontrar alternativas. A Oi também contratou a Barbosa Müssnich Aragão e a White & Case LLP como seus assessores legais.
Além disso, como foi noticiado, os accionistas portugueses estão em conversações com fundos norte-americanos, entre outros, para avaliar um possível reforço de capital na operadora na sequência do fim das negociações exclusivas com o fundo russo LetterOne depois de a TIM ter anunciado que não estava interessada em avançar com uma combinação de negócios com a Oi.