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Oi reconhece dívida de 4,7 milhões a Zeinal Bava

O nome do ex-presidente da operadora aparece na lista de credores da Oi com uma dívida de 4,7 milhões de euros. A dívida à Portugal Telecom International Finance, onde estão incluídas as obrigações da antiga PT, totaliza 3,8 mil milhões. A Meo também integra a lista.

Miguel Baltazar
07 de Setembro de 2016 às 20:00
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Zeinal Bava é um dos milhares de credores que integram a lista de dívidas da Oi, que está em recuperação judicial, a maior da história brasileira.

Na lista consolidada de credores entregue pela Oi, cuja última e mais recente actualização decorreu a 3 de Agosto, a operadora reconhece uma dívida de 16,9 milhões de reais (4,7 milhões de euros) ao antigo presidente executivo da PT e da Oi. De acordo com informações recolhidas pelo Negócios, a dívida estará relacionada com o acordo da saída do gestor da presidência executiva da operadora brasileira em 2014.

Como foi noticiado na altura, Bava ia receber uma indemnização de 5,4 milhões de euros, dividida em 36 parcelas de 150 mil euros.

O Negócios contactou o gestor, mas não obteve resposta até ao fecho da edição.

Mas as ligações a Portugal não ficam só pelo nome do ex-CEO da PT. A lista com 509 páginas inclui ainda uma dívida de 4,4 milhões de reais (cerca de 1,1 milhões de euros) à Meo, operadora da PT Portugal que foi vendida à Altice pela Oi em Junho de 2015.

A lista da dívida da Oi, que totaliza 65,4 mil milhões de reais (17,9 mil milhões de euros), está dividida em quatro grupos. O primeiro é o dos trabalhadores, com créditos que rondam os 668 milhões de reais (cerca de 184 milhões de euros). O segundo grupo são os credores com garantia real, relacionados com os financiamentos do BNDES, que somam perto de 3,34 mil milhões de reais.

O terceiro, e maior de todos, engloba os bancos, detentores de dívida, fornecedores e as multas da Anatel. Só este grupo totaliza mais de 60 mil milhões de reais (perto de 16 mil milhões de euros).

A dívida da Portugal Telecom International Finance (PTIF) integra este universo e, segundo as contas da Oi, situa-se em 15 mil milhões de reais (3,8 mil milhões de euros). Este bolo inclui o montante que não foi reembolsado aos investidores portugueses que em 2012 compraram obrigações da antiga PT.

O último grupo é integrado pelas microempresas.

O Banco do Brasil e o BNDES são os maiores credores financeiros da operadora, com 4,3 mil milhões de reais (1,1 mil milhões de euros) e 3,3 mil milhões de reais (cerca de 900 mil euros), respectivamente.

Segundo a lista entregue pela Oi ao Tribunal, a qual terá ainda de ser publicada no Diário Electrónico do Estado do Rio de Janeiro podendo, por isso, sofrer alterações, há outra empresa com sede em Lisboa com créditos sobre operadora. Trata-se da Portugal Telecom Participações SGPS, com 126 milhões de euros.

Só depois da publicação do edital no Diário Electrónico é que os credores que não integrarem a actual lista podem reclamar os seus créditos.

Ex-BESI na lista de credores da Oi A filial do Haitong no Brasil também faz parte da lista de credores apresentada pela Oi no dia 3 de Agosto. De acordo com o documento, a operadora reconhece uma dívida ao ex-BESI de 64,8 mil reais (cerca de 17,8 mil euros). Contactada pelo Negócios, o Haitong não comentou os motivos dos créditos. A dívida ao ex-BESI estará relacionada com a prestação de serviços pelo banco de investimento a operações que envolveram a PT, como, por exemplo, o aumento de capital para a fusão entre a Oi e a dona da Meo. Com a polémica da dívida de 897 milhões de euros da Rioforte, o modelo da combinação de negócios foi alterado. A PT foi obrigada a reduzir a sua participação no negócio e, mais tarde, a Oi vendeu a Meo ao grupo francês Altice por 7,4 milhões de euros. SR/DC

 

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