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Oi passa de perdas a lucros no terceiro trimestre e reduz prejuízos nos primeiros nove meses

A operadora de telecomunicações reportou esta noite as contas dos primeiros nove meses do ano, tendo passado de perdas para números positivos. Relativamente ao terceiro trimestre, e tendo em conta apenas as operações brasileiras, foi a primeira vez em dois anos que teve lucros trimestrais.

Reuters
13 de Novembro de 2017 às 22:28
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A Oi – que é detida em mais de 20% pela Pharol [antiga PT SGPS], através da sua subsidiária Bratel – divulgou esta noite as suas contas do terceiro trimestre do ano e, considerando as operações internacionais, teve lucros de 8 milhões de reais (2,09 milhões de euros), contra uma perda de 1,21 mil milhões de reais (316,1 milhões de euros) no período homólogo de 2016.

 

No mesmo período, a Oi registou lucros com as operações no Brasil pela primeira vez desde o terceiro trimestre de 2015. As operações brasileiras registaram um resultado líquido positivo de 217,5 milhões de reais (56,6 milhões de euros), contra um prejuízo de 1,26 mil milhões de reais um ano antes.

 

A ajudar a este bom resultado da Oi – actualmente em processo de recuperação judicial – esteve a desvalorização cambial e a melhoria na geração de caixa.

 

Se atendermos ao acumulado dos primeiros nove meses do ano, as operações brasileiras registaram perdas de 2,92 mil milhões de reais (762 milhões de euros) – o que, contudo, é uma melhoria face aos prejuízos de 3,3 mil milhões de reais entre Janeiro e Setembro de 2016.

 

O resultado consolidado dos nove meses, com as operações internacionais, foi negativo em 3,46 mil milhões de reais (o que corresponde a 903,9 milhões de euros), quando um ano antes se tinha traduzido em perdas de 3,71 milhões de reais (969,3 milhões de euros). 

No que diz respeito às receitas, estas diminuíram 6,7% no terceiro trimestre face ao período homólogo, tendo em conta as operações brasileiras e internacionais, ao passarem de 6,39 mil milhões de reais para 5,96 mil milhões de reais. Nos nove meses, recuaram 8,7%, de 19,67 mil milhões de reais para 17,98 mil milhões.

A dívida líquida, por seu lado, aumentou no terceiro trimestre face ao período de Julho a Setembro de 2016, ao passar de 41,18 para 44,10 mil milhões de reais (11,5 mil milhões de euros).

 

A Oi refere, no seu comunicado ao regulador do mercado, que continua a negociar com os credores em busca da "melhor proposta de plano de recuperação judicial para ser submetida à aprovação na Assembleia Geral de Credores no dia 7 de Dezembro".

 

A assembleia de credores foi, na passada quinta-feira, adiada pela terceira vez, estando agora agendada para 7 de Dezembro.

 

A operadora anunciou que a assembleia agendada "para 10 de Novembro, em primeira convocação, e para 27/11/2017, em segunda convocação", foi então adiada "para o dia 07/12/2017, às 11:00h, em primeira convocação (podendo continuar no dia 08/12/2017, se for necessário), e para o dia 01/02/2018, em segunda convocação (podendo continuar no dia 02/02/2018, se for necessário) ".

Desde 20 de Junho do ano passado que a Oi e as suas seis subsidiárias se encontram em recuperação judicial, uma medida que visa evitar a falência do grupo. Nas semanas anteriores à entrega do pedido de recuperação, a Oi e os credores não conseguiram encontrar uma solução para a renegociação da dívida que se situava em 65,4 mil milhões de reais (17 mil milhões de euros).



(notícia actualizada às 23:58)

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