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Nos antecipa novas regras de Bruxelas e reduz tarifas de roaming
A operadora Nos decidiu reduzir as tarifas de “roaming” para União Europeia, antecipando as novas regras de Bruxelas que entram em vigor a partir do dia 30 de Abril.
A Nos reduziu as tarifas de "roaming " para os clientes que viagem dentro do espaço europeu , antecipando a decisão da União Europeia de reduzir os preços praticados pelas operadoras móveis a partir do dia 30 de Abril. A medida começou a ser implementada pela operadora liderada por Miguel Almeida no dia 1 de Abril, segundo um comunicado enviado esta segunda-feira às redacções.
Agora, as chamadas telefónicas para quem viaje na Europa passam a custar 6 cêntimos por minuto e os SMS 2,5 cêntimos. Nos dados móveis, por cada MB serão cobrados 6 cêntimos. "No caso das chamadas de voz e do acesso à Internet a redução de preço atinge os 75% relativamente aos preços anteriormente praticados", detalha a operadora.
A Nos é a segunda operadora portuguesa a antecipar-se às novas regras de Bruxelas que têm como objectivo acabar com este tipo de tarifa a partir de 15 de Junho de 2017. A primeira foi a Vodafone.
A abolição das tarifas de "roaming" tem gerado uma onde de críticas por parte dos principais "players" do sector. E neste tema, as três principais operadoras portuguesas estão de acordo: a medida vai prejudicar os consumidores.
Uma posição também defendida pelo regulador do sector, a Anacom, que já alertou que os países do Sul vão ser mais afectados devido à maior afluência de turistas face aos países europeus do Norte. Ou seja, os operadores do Sul irão ter que suportar mais custos.
O aumento do tráfego que irá existir quando a medida entrar em vigor poderá ainda levar ao congestionamento das redes, e obrigar a novos investimentos por parte das operadoras. E, por isso, "existe o risco de que estas medidas provoquem um reequilíbrio dos preços domésticos, com transferência de bem-estar económico da generalidade dos consumidores para a relativa minoria que viaja e consome serviços de "roaming’", como defendeu, a Apritel, associação que representa as operadoras portuguesas.