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Nigéria reduz multa à MTN mas operadora quer voltar à mesa das negociações

A multa aplicada pela Nigéria ao maior operador móvel de África, a MTN, por não cumprir o prazo para desligar 5,1 milhões de cartões SIM não registados, foi reduzida para 3,4 mil milhões de dólares (cerca de 3,2 mil milhões de euros) , um valor com o qual a companhia não está satisfeita.

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03 de Dezembro de 2015 às 13:41
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A quantia – que foi reduzida de 5,2 mil milhões de dólares para 3,4 mil milhões de dólares pelo regulador nigeriano – terá de ser paga até ao final do ano, escreve o Financial Times. No entanto, a operadora ainda não está de acordo com o resultado das negociações e o seu presidente executivo, Phuthuma Nhleko, vai iniciar "imediatamente" conversações com as autoridades antes de avançar com uma resposta formal.

Para a empresa é "essencial" conseguir "o melhor resultado para a firma, para os seus accionistas e para as autoridades nigerianas", disse a empresa, acrescentando que todos os factores serão levados em conta antes de se "chegar a uma decisão final".

As autoridades nigerianas consideram o desligar dos cartões SIM não registados uma questão de segurança fundamental, à medida que o país combate a insurgência do grupo terrorista Boko Haram no Norte e lida regularmente com situações de rapto, cujo objectivo é lucrar financeiramente com os regates.

A MTN, que tem sido criticada por investidores e analistas pela forma como está a lidar com a situação, está a levar a cabo uma reestruturação dos seus quadros.

A empresa anunciou que o responsável pelas suas operações na Nigéria, Michael Ikpoki, e um outro responsável pelas matérias regulatórias, Akinwale Goodluck, se demitiram com efeito imediato. Michael Ikpoki será substituído por Ferdi Moolman, que era anteriormente o responsável financeiro pelas operações no país.

As alterações surgem semanas depois do CEO da MTN, Sifiso Dabengwa, abandonar o cargo, tendo sido substituído pelo veterano Phuthuma Nhleko.

"Devido às infelizes circunstâncias que ocorreram na MTN Nigeria, eu, no interesse da empresa e dos accionistas, apresentei a minha demissão com efeitos imediatos", disse Sifiso Dabengwa em comunicado.

Como parte da reorganização, a MTN criou uma nova posição, a de COO (responsável operacional), tendo apontado para o cargo Jyoti Desai.

A MTN opera actualmente em 22 países em África e no Médio oriente.

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