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Mário Vaz: "Com ou sem geringonça o sector não se livra de taxas e taxinhas"

O CEO da Vodafone Portugal  lamentou a decisão do Governo de voltar a aumentar a taxa do espectro. Mas relembrou que o sector já tem experiência de penalizações com Governos anteriores.

Bruno Simão
18 de Maio de 2017 às 00:53
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O presidente executivo da Vodafone Portugal, Mário Vaz, criticou a recente decisão do Executivo de aumentar a taxa do espectro em 10,7%. Até porque as taxas cobradas  sector de telecomunicações em Portugal " são das mais elevadas da Europa", sustentou.

 

Durante o jantar-debate da APDC, que decorreu esta quarta-feira, 17 de Maio, Mário Vaz relembrou que este aumento da utilização do espectro radioléctrico é o terceiro nos últimos cinco anos. E acontece numa altura em que o sector assiste também a um aumento da taxa de regulação.

 

Decisões que o CEO da Vodafone Portugal acredita não estarem relacionadas especificamente com o actual Executivo. "Já temos experiências de penalização com Governos anteriores", comentou.

 

"Com geringonça ou sem geringonça, o sector não se livra das taxas e taxinhas", acrescentou.

 

No dia 10 de Maio foi publicado em Diário da República o novo diploma aprovado pela secretaria de Estado das Infra-estruturas, liderada por Guilherme D’Oliveira Martins, que prevê que o preço da taxa de referência de cada megahertz (MHZ) pago pelos operadores pelos serviços móvel e fixo suba para 90.800 euros.

 

Um valor que representa uma subida de 10,7% tendo em conta a última actualização, publicada no final de 2013 e que entrou em vigor no ano seguinte, que previa o pagamento de 82 mil euros por cada MHZ.

 

O último aumento das taxas de espectro tinha sido aprovado no final de 2013, quando a secretaria de Estado era tutelada por Sérgio Monteiro, e representou um encaixe extra para os cofres do Estado no valor de 10 milhões de euros.

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