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Mário Vaz: "Com ou sem geringonça o sector não se livra de taxas e taxinhas"
O CEO da Vodafone Portugal lamentou a decisão do Governo de voltar a aumentar a taxa do espectro. Mas relembrou que o sector já tem experiência de penalizações com Governos anteriores.
O presidente executivo da Vodafone Portugal, Mário Vaz, criticou a recente decisão do Executivo de aumentar a taxa do espectro em 10,7%. Até porque as taxas cobradas sector de telecomunicações em Portugal " são das mais elevadas da Europa", sustentou.
Durante o jantar-debate da APDC, que decorreu esta quarta-feira, 17 de Maio, Mário Vaz relembrou que este aumento da utilização do espectro radioléctrico é o terceiro nos últimos cinco anos. E acontece numa altura em que o sector assiste também a um aumento da taxa de regulação.
Decisões que o CEO da Vodafone Portugal acredita não estarem relacionadas especificamente com o actual Executivo. "Já temos experiências de penalização com Governos anteriores", comentou.
"Com geringonça ou sem geringonça, o sector não se livra das taxas e taxinhas", acrescentou.
No dia 10 de Maio foi publicado em Diário da República o novo diploma aprovado pela secretaria de Estado das Infra-estruturas, liderada por Guilherme D’Oliveira Martins, que prevê que o preço da taxa de referência de cada megahertz (MHZ) pago pelos operadores pelos serviços móvel e fixo suba para 90.800 euros.
Um valor que representa uma subida de 10,7% tendo em conta a última actualização, publicada no final de 2013 e que entrou em vigor no ano seguinte, que previa o pagamento de 82 mil euros por cada MHZ.
O último aumento das taxas de espectro tinha sido aprovado no final de 2013, quando a secretaria de Estado era tutelada por Sérgio Monteiro, e representou um encaixe extra para os cofres do Estado no valor de 10 milhões de euros.