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Lucros dos CTT caem 53,9% para 7,4 milhões de euros até março

Receitas operacionais cresceram 9% para 263,5 milhões de euros no primeiro trimestre, impulsionados pelo Expresso e Encomendas, Banco CTT e Correio e Outros.

A parceria entre os CTT e a Sonae Sierra tinha sido anunciada no início de maio.
Duarte Roriz
02 de Maio de 2024 às 18:27
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Os CTT - Correios de Portugal fecharam o primeiro trimestre com lucros de 7,4 milhões de euros, traduzindo uma quebra de 53,9%, ou menos 8,7 milhões de euros, face a igual período do ano passado.

Em comunicado, enviado esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa liderada por João Bento informa, no entanto, que os rendimentos operacionais aumentaram 9% ((ou 21,7 milhões de euros) para os 263,5 milhões de euros face aos primeiros três meses do ano passado.

A subida foi impulsionada pelo expresso e encomendas, Banco CTT e correio e outros. Já os segmentos dos serviços financeiros e retalho registaram uma variação negativa atribuído ao "nível extraordinariamente elevado de colocação de dívida pública" entre janeiro e março de 2023.

Por partes: o segmento expresso e encomendas cresceu 56,8% para 101,4 milhões de euros, "refletindo um forte crescimento do
tráfego quer em Espanha (+120,9%) quer em Portugal (+12,4%), enquanto o de correio e outros viu as receitas subirem 5,2% para 120,3 milhões de euros "devido principalmente ao aumento de preços, à evolução do 'mix' e tráfego das eleições legislativas".

Em sentido inverso, os serviços financeiros e retalho dos CTT sofreram um "tombo" de 80,8%, com os rendimentos a cifrarem-se em apenas 5,5 milhões de euros. "Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública", justifica a empresa, lembrando que, "no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários".

Contudo, ressalva, "a alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor".

"Perspetiva-se que uma possível futura alteração das condições de comercialização venha a aumentar novamente a atratividade deste produto", complementa.

Já os títulos de dívida pública (certificados de aforro e certificados do tesouro poupança crescimento) apresentaram rendimentos de 2,1 milhões de euros - uma queda de 91,1%. No primeiro trimestre foram efetuadas subscrições no montante de 294,8 milhões, o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição em igual período do ano passado.

"Naturalmente que o desempenho no primeiro trimestre de 2023 foi excecionalmente beneficiado pelo contexto referido. No entanto, é de referir que o desempenho do primeiro trimestre de 2024 está a ser prejudicado pelas limitações à comercialização introduzidas em junho de 2023", insiste a empresa, apontando no mesmo documento que, entre 2019 e 2021, antes da alteração do enquadramento de taxas de juro que ocorreu desde 2022, a média de colocações trimestrais era de aproximadamente mil milhões de euros.

Neste âmbito, dado o "excecionalmente fraco trimestre em termos de colocação de dívida pública", o EBIT recorrente cifrou-se em 2,9 milhões de euros.

os rendimentos do Banco CTT cifraram-se nos 36,2 milhões de euros entre janeiro e março, subindo 6,3% "por via da expansão da base de clientes (foram atingidas 658 mil contas, ou seja, mais 11 mil face a dezembro de 2023) e do volume de negócios (+396 milhões de euros), registando-se um aumento da margem financeira ancorado no crescimento da respetiva carteira de crédito auto e habitação, especifica.

Os CTT aumentaram o resultado líquido em 66,2% para 60,5 milhões de euros em 2023, ano em que, pela primeira vez, o segmento de expresso e encomendas liderou as receitas da empresa.
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