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Lucro dos CTT cresce 66% em 2023 para 60 milhões

Pela primeira vez, o segmento de expresso e encomendas liderou as receitas da empresa. Os rendimentos operacionais aproximaram-se dos mil milhões de euros. Administração de João Bento propõe dividendo de 17 cêntimos.

O presidente dos CTT, João Bento, defende que é preciso “reinventar a natureza do serviço público”.
João Bento é o presidente executivo dos CTT Hugo Rainho
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Os CTT apresentaram um resultado líquido de 60,5 milhões de euros no ano passado, mais 66,2% (24,1 milhões) do que no ano anterior, informou a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O dividendo que será proposto pela administração da empresa à assembleia geral de 19 de abril será de 17 cêntimos por ação.

Os resultados operacionais, afirma ainda a empresa liderada por João Bento, atingiram os 985,2 milhões de euros, mais 7,8% (78,6 milhões) face ao período homólogo.

Este resultado é alavancado, desde logo, pelo segmento de Expresso e Encomendas, que, à boleia do desempenho em Espanha, cresceu 81,6 milhões de euros, para 340,6 milhões, uma subida de 31,5%.

O comportamento foi tal no quatro trimestre (+55,9% dos rendimentos face ao mesmo período de 2022 e mais 70,7% do tráfego) que, pela primeira vez na história dos CTT, este segmento ultrapassou o de correio e outros na liderança das receitas — e ainda no EBIT (resultados operacionais) recorrente.

O negócio do correio, que em termos anuais continua a ser, apesar de tudo, o que mais rende à empresa, caiu 26,8 milhões de euros, menos 5,8% face aos 460,9 milhões de 2022. Os CTT ressalvam que, "excluindo o projeto de venda de computadores e a repetição das eleições legislativas em 2022" no círculo da Europa, os rendimentos do correio e outros "teriam ficado genericamente estáveis" (menos 1,8 milhões, ou seja, uma redução homóloga de 0,4%).

Já o Banco CTT viu os rendimentos crescerem 21,8 milhões de euros, para 147,7 milhões, uma subida de 17,3% face a 2022, "graças ao crescimento das carteiras de crédito auto e habitação e beneficiando da evolução favorável das taxas de juro", indica a empresa. A margem financeira (diferença entre os juros cobrados pelos empréstimos concedidos e os juros pagos pelos depósitos), que tem disparado em todos os bancos, atingiu os 98,8 milhões de euros, uma melhoria de 32,9%.

Por fim, os Serviços Financeiros e Retalho tiveram um acréscimo de 2,1 milhões (+3,4%) para 62,8 milhões, "fruto do excecional contributo dos títulos de dívida pública, em especial dos certificados de aforro", no primeiro semestre do ano, esclarecem os CTT. "A partir de junho as alterações das características do produto e a concorrência dos depósitos bancários levaram a uma quebra".

No total, o EBIT recorrente atingiu 87,6 M€ no ano passado, mais 35,7% face a 2022, "acima do guidance que foi revisto duas vezes em alta durante o ano, com uma margem de 8,9% (7,1% em 2022)", indica a empresa, "em resultado do forte crescimento do Expresso e Encomendas; Serviços Financeiros e Retalho; e Banco CTT".

O cash flow operacional, por sua vez, ficou em 114,4 milhões de euros (+14,9%).
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