De Janeiro a Março deste ano a Nos atingiu um lucro de 31,4 milhões de euros, um aumento de 28,7% face ao mesmo período do ano anterior, um resultado acima das estimativas dos analistas do Caxa BI que apontavam para uma subida de 11,4% para 27,2 milhões de euros.

A operadora liderada por Miguel Almeida justifica a evolução com "um crescimento consolidado em todas as suas principais linhas de negócios", de acordo com o comunicado emitido à CMVM esta quinta-feira, 27 de Abril.

As receitas situaram-se em 381 milhões de euros, um aumento de 2,9% impulsionado pelo aumento do número de clientes no período em análise. No total, o número de serviços prestados aumentou 6,5% para 9,155 milhões, com 560,1 mil adições líquidas face ao período homólogo.

O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) seguiu a mesma tendência, tendo registado um crescimento de 4,2% para 143,6 milhões de euros. A margem EBITDA aumentou 0,5 pontos percentuais para 37,7%.

Analisando só o negócio de telecomunicações, cujas receitas cresceram 2,9%, o EBITDA também aumentou 4,3% para 131,2 milhões de euros, com a margem a situar-se nos 36,2% (+0,5 pontos percentuais).

Nos primeiros três meses o investimento (Capex) atingiu um total de 87,1 milhões de euros. A expansão das suas redes de nova geração captou grande parte do investimento, tendo a operadora fechado o trimestre com cobertura de 3,7 milhões de casas, mais 139,5 mil face ao período homólogo de 2016.

No final de Março, a dívida financeira líquida situava-se nos 1.053 milhões de euros, uma redução de 5,3% face ao final de 2016 e "representando 1,9x o EBITDA, um rácio conservador face às congéneres do sector", sublinha a empresa.

Número de serviços empresariais cresce 9,3%

A base total de clientes da operadora liderada por Miguel Almeida aumentou 6,5% para um total de 9,155 milhões no final do primeiro trimestre de 2017.

No segmento de televisão por subscrição, a Nos registou um aumento de 3% do número de serviços para 1,6 milhões.

Nos serviços móveis o crescimento foi de 7,5%, ou 314 mil novos subscritores, para 4,4 milhões.

Já no fixo, internet e voz, "registou igualmente crescimentos de 9,1% e de 5,5%, respectivamente". No final de Março, o número de serviços de banda larga fixa situou-se em 1,2 milhões e o número de serviços de voz fixa alcançou 1,7 milhões.

A base de clientes convergentes, subscritores de pacotes, também cresceu 13,5% para 697,5 mil, representando já 46,5% do total de clientes de acesso fixo.

No segmento empresarial, a Nos destaca que "continua a conquistar clientes muito importantes", "quer no sector público, quer no sector privado", sem avançar com mais pormenores. No total, o número de serviços desta área aumentou 9,3% para 1,4 milhões.

Já a área de cinema não seguiu o mesmo trajecto ascendente, com o número de bilhetes vendidos a recuar 4,3% para 2,296 milhões, "devido sobretudo a questões sazonais", justifica a empresa.