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Resultados da Nos ficaram em linha com as estimativas
Os analistas são quase unânimes: os resultados da Nos no primeiro trimestre ficaram em linha com as estimativas, pelo que, no mercado, as acções não deverão ter uma reacção muito significativa.
A Nos revelou na quinta-feira, 27 de Abril, ao final do dia que os seus resultados do primeiro trimestre aumentaram 28,7% para 31,4 milhões de euros. Os números ficaram em linha com as estimativas dos analistas, que não prevêem grandes oscilações nas acções. Os títulos descem 0,94% para 5,383 euros.
Conheça os principais destaques dos analistas:
Intermoney
As receitas "ficaram abaixo da nossa estimativa", revela a nota da Intermoney Valores, que explica que esta diferença esteve relacionada com "receitas das telecomunicações inferiores". Já o EBITDA superou as previsões desta casa de investimento, beneficiando de custos comerciais "inferiores ao esperado". Os resultados líquidos de 31 milhões de euros também superaram as estimativas de 28 milhões, num período em que a Nos beneficiou dos resultados das participadas com a ZAP e a SportTV. Depois de conhecidos os resultados, a Intermoney continua "confortável" com uma avaliação de 5,15 euros para o final deste ano, com uma recomendação de "reduzir".
Morgan Stanley
"Os resultados do primeiro trimestre da Nos superaram as estimativas em termos de EBITDA", enquanto as receitas "ficaram em linha" com as previsões. Os analistas do Morgan Stanley destacam o crescimento do EBITDA da área de telecomunicações, que beneficiou da subida de preços implementada em Dezembro. O Morgan Stanley diz "gostar da Nos por três razões: 1) está bem posicionada para aumentar a quota de mercado dada a força da marca e a qualidade de foco; 2) inflação de preços – estamos a antecipar subida de preços considerável para todos os operadores no segundo semestre; 3) dividendo a crescer e balanço flexível". Do lado dos riscos, "a concorrência continua a ser um risco-chave para o nosso preço-alvo. As estimativas de Capex estão agora mais baixas; contudo as margens de EBITDA podem desapontar se a inflação não for anulada pelos aumentos de preços", explicam os analistas que têm uma avaliação de 7,0 euros para a Nos e uma recomendação de "overweight".
Haitong
"A empresa falhou em dar objectivos de médio-prazo quer financeiros quer de política de dividendos. Consideramos que o desempenho no primeiro trimestre é um bom passo nessa direcção, com a geração de ‘cash flow’ no trimestre a representar um começo de ano encorajador. Reiteramos a nossa recomendação de ‘comprar’ e o preço-alvo de 7,60 euros", salientam os analistas do Haitong.
CaixaBI
"Os resultados da Nos foram superiores ao estimado a nível do resultado líquido (15%), nomeadamente devido a desvios relacionados com impostos, amortizações e empresas associadas/joint-ventures. Salientamos novamente pela positiva a boa performance verificada no segmento de telecomunicações, bem com as melhorias registadas a nível das empresas participadas da Nos (ZAP, Sport TV, entre outras)." A casa de investimento mantém a avaliação de 6,00 euros para a Nos e a recomendação de "comprar".
BBVA
"Pensamos que o facto de os números do primeiro trimestre terem ficado acima das estimativas deve ajudar os investidores a recuperar confiança na história da empresa. Sabemos que a Nos continua a enfrentar alguns desafios", nomeadamente devido ao "ambiente macro lento" e ao "aumento da concorrência da Vodafone e da Altice". O BBVA considera que "a margem de recuperação é inquestionável", que mantém o preço-alvo de 6,20 euros e a recomendação de "outperform".
BPI
"As receitas e o EBITDA da Nos ficaram 1% abaixo das nossas estimativas", apesar de o resultado líquido ter ficado "11% acima das estimativas" desta casa de investimento. Em linhas gerais, o BPI considera que os números apresentados estão "em linha" com as suas previsões, ainda que a geração de "cash flow" tenha sido uma "boa surpresa". O BPI manteve a recomendação de "neutral", bem como a avaliação de 5,00 euros.
JPMorgan
"Receitas do primeiro trimestre em linha, EBITDA melhor do que o esperado", diz o JPMorgan que considera o cenário "operacional apelativo", com as previsões a apontarem para um aumento anual de 3% das receitas e de 4% do EBITDA no período entre 2015 a 2018. Ainda que continue a ver "riscos" para os resultados. A recomendação é "neutral", com um preço-alvo de 5,80 euros.
Barclays
"O EBITDA ajustado superou" as estimativas, devido essencialmente "à queda de 22% nos custos com marketing e vendas". O Barclays considera que os resultados do primeiro trimestre estão em linha com as suas estimativas, o que justifica a recomendação de "Equal Weight" e a avaliação de 6,10 euros.
Credit Suisse
Os números do primeiro trimestre ficaram em linha com as estimativas. O Credit Suisse diz prever "um crescimento do EBITDA entre 4 a 5% ao ano nos próximos três anos, em linha com outras acções" mas a um ritmo "mais rápido do que o sector como um todo". Esta casa de investimento tem uma recomendação de "outperform" e uma avaliação de 8,10 euros.
Santander
A Nos apresentou "uma ligeira surpresa positiva no EBITDA e um CAPEX mais baixo" do que o esperado. O Santander realça que a desilusão do trimestre foi o aumento do ARPU, que aumentou menos do que o previsto, mesmo depois de ter subido os preços no consumidor no final do ano passado. O banco de investimento manteve a avaliação de 5,40 euros e a recomendação de "manter".
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.