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Grandes credores da Oi opõem-se ao plano de reestruturação

O grupo que reúne os principais credores internacionais da Oi, com obrigações superiores 6 mil milhões de dólares, anunciou que se opõe “veementemente” ao plano de recuperação apresentado pela operadora.

Bloomberg
24 de Março de 2017 às 18:40
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O plano de recuperação judicial da Oi já começou a reunir críticas por parte dos credores. O grupo que reune alguns dos principais credores internacionais, incluindo os representados pela Moelis, manifestaram esta sexta-feira a sua oposição à proposta.

Depois de terem revisto "cuidadosamente as informações divulgadas pela companhia [Oi], os Grupos de bondholders [obrigacionistas] da Oi opõem-se veementemente aos termos proposto", de acordo com um comunicado emitido pelo grupo de obrigacionsitas da Oi que inclui os credores assessorados pelo G5 Evercore e pela Moelis, bem como as agências de crédito à exportação assessoradas pelo FTI, excluindo o China Development Bank.

E explicam porquê: "Como a proposta apresentada em Setembro, deixam de tratar os credores de forma justa e equitativa, enquanto promovem os interesses de seus actuais acionistas, em detrimento de todas as outras partes interessadas".

No mesmo comunicado, acrescentam que "os termos propostos não foram previamente negociados com nenhum dos grupos de bondholders da Oi. Os grupos de bondholders da Oi estão extremamente desapontados que, após nove meses desde o pedido de recuperação judicial, o Grupo Oi continua a não se envolver em negociações com os grupos de bondholders da Oi", sustentam.

Este grupo de obrigacionistas da Oi, em conjunto com o grupo assessorado pelo FTI, representam em conjunto mais 6 mil milhões de dólares de dívida emitida por diversos empresas da Oi, incluindo da PTIF, que detêm as obrigações da antiga PT.

A nova proposta da OI apresentada na quinta-feira prevê duas opções: a conversão de obrigações em acções - uma parte de imediato (até 25% do capital), após a aprovação do plano, e a outra após três anos (até 38% do capital) com origem numa emissão de obrigações convertíveis. Este grupo subscreve, ainda, outra emissão de obrigações não convertíveis, cuja maturidade está fixada em 2027.

Para os credores que não queiram converter a dívida em acções, a outra opção consiste em pagar a totalidade das obrigações até 2033. Até 2023 haverá período de carência dos juros, e depois, durante 10 anos, será efectuada a amortização, semestralmente, com uma taxa de juro de 1,25%.

Qual é a proposta da Oi para os credores:


Negócios explica proposta da Oi para os credores
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Sara Ribeiro, jornalista do Negócios, explica o plano que a Oi propôs para a recuperação da empresa.
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