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Fundo de investimento Virgo comprou mais de 5% da Oi (Correcção)

O fundo de investimento controlado pelo banco brasileiro Safra não quer alterar a administração da empresa e que não tem metas definidas para o seu investimento na Oi.

Nacho Doce/Reuters
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A Oi tem um novo accionista com participação qualificada. O fundo de investimento Virgo brasileiro comprou 11,42% de acções preferenciais da Oi, o que lhe dá acesso a mais de 5% do capital. Controlado pelo banco Safra, adquiriu mais de 18 milhões de acções preferenciais da empresas.

A operação foi anunciada esta sexta-feira, 10 de Fevereiro, em comunicado enviado à CMVM.

O fundo de investimento brasileiro garante que "não pretende alterar o controle da companhia ou sua estrutura administrativa". Mas avisa que "pretende se fazer vale de todos os seus direitos de accionsta para proteger os interesses económicos dos seus clientes". O fundo destaca que "não tem meta pré-estabelecida para seu investimento/participação na companhia".

A Pharol detém uma participação de 27% na brasileira Oi. Na bolsa de Lisboa, a empresa liderada por Palha da Silva está a subir 5,88% para 41,4 cêntimos, continuando a tendência de fortes ganhos que regista desde Dezembro. 

A ex-PT SGPS tem registado recentemente fortes ganhos na bolsa de Lisboa à boleia das notícias relacionadas com a recuperação judicial da Oi.

A Pharol fechou a sessão de quinta-feira a disparar 15,34% para 39,1 cêntimos, o que representa a melhor sessão desde 5 de Setembro de 2016, dia em que terminou o dia a valorizar 17,28%. As acções da companhia já duplicaram de valor desde Dezembro.

Primeiro foi a Orascom, que decidiu alargar a validade da proposta anteriormente apresentada para a recuperação judicial da Oi, que inclui uma OPA de até 1,25 mil milhões de dólares. 

 

Depois foi o acordo conseguido entre a Oi e a Samba, que pôs fim ao "braço-de-ferro" que durou dois anos e que reduz os obstáculos para que a Oi possa vender activos que herdou da PT, incluindo a participação que detém na africana Unitel.

 

Além destes desenvolvimentos, a Pharol revelou que as negociações com os credores estão "a evoluir" e aceitou a possibilidade da conversão de parte da dívida em acções.

 

Entretanto a Bloomberg noticiou que o projecto de mudança da Lei Geral de Telecomunicações aumentaria em cerca de 3 mil milhões de reais (894 milhões de euros) o valor da Oi, segundo a estimativa apresentada pela assessora financeira ao conselho de administração da companhia.

(Correcção: O fundo Vigo comprou 11% de acções prefericiais e não 11% do capital da Oi. A participação no capital é de cerca de 5%)

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