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Pharol dispara 110% em 2017. Cerberus poderá avançar com oferta pela Oi

As acções da Pharol voltaram a disparar esta sessão, elevando para 110% a subida desde o início do ano, no dia em que foi noticiado que a Cerberus estará prestes a apresentar uma proposta pela Oi.

10 de Fevereiro de 2017 às 16:58
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As acções da Pharol subiram 11,51% para 0,436 euros esta sessão, no dia em que foi alvo de várias notícias, entre as quais a intenção da Cerberus de avançar com uma proposta em breve para a compra da brasileira Oi. A Cerberus está a finalizar uma avaliação aprofundada da operadora de telecomunicações, detida em 27% pela Pharol, antes de apresentar a proposta, segundo a Reuters, que cita fontes próximas do processo que não quiseram ser identificadas .

 

A marcar a sessão está também a notícia de que o fundo de investimento Virgo, controlado pelo banco brasileiro Safra, comprou 11% de acções preferenciais da Oi, o que equivale a cerca de 5% do capital da brasileira, afirmando que não quer alterar a administração da empresa e que não tem metas definidas para o seu investimento na Oi.

 

Desde o início do ano, as acções da Pharol já mais do que duplicaram o seu valor, atingindo o valor mais elevado desde Junho de 2015. Só esta semana os títulos da empresa liderada por Palha da Silva acumulou um ganho de 49,83%.

 

As acções da Pharol não caem há 12 sessões consecutivas, levando a empresa a destacar-se entre as restantes acções do PSI-20. Desde o início do ano, o principal índice nacional acumula uma queda de 1,60%, com 10 das 17 cotadas a descerem. A Pharol distancia-se, com um ganho de 110,63%. Sendo que a segunda cotada que mais valoriza é a Corticeira Amorim, ao subir quase 11%.

 

A contribuir para esta escalada das acções da Pharol têm estado precisamente vários episódios em torno da Oi, na qual a empresa portuguesa detém 27%. A expectativa de que a Oi consiga ser recuperada tem aumentado, o que tem feito subir as acções também da brasileira. Este ano, as acções preferenciais sobem 41,3% enquanto as ordinárias avançam 47,5%.

 

As notícias têm ajudado a que se crie esta expectativa. Primeiro foi a Orascom, que decidiu alargar a validade da proposta anteriormente apresentada para a recuperação judicial da Oi, que inclui uma OPA de até 1,25 mil milhões de dólares. 

 

Depois foi o acordo conseguido entre a Oi e a Samba, que pôs fim ao "braço-de-ferro" que durou dois anos e que reduz os obstáculos para que a Oi possa vender activos que herdou da PT, incluindo a participação que detém na africana Unitel.

 

Além destes desenvolvimentos, a Pharol revelou que as negociações com os credores estão "a evoluir" e aceitou a possibilidade da conversão de parte da dívida em acções.

 

Entretanto a Bloomberg noticiou que o projecto de mudança da Lei Geral de Telecomunicações aumentaria em cerca de 3 mil milhões de reais (894 milhões de euros) o valor da Oi, segundo a estimativa apresentada pela assessora financeira ao conselho de administração da companhia.

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