Notícia
Drahi já está a pedir propostas por ativos. Meo incluída
Segundo a Bloomberg, o grupo Altice enviou informações sobre os negócios em Portugal e França e pediu que fossem apresentadas propostas iniciais até ao próximo mês.
Patrick Drahi, fundador e acionista maioritário da Altice, prepara-se para receber ofertas iniciais pelo negócio português e uma parte da unidade francesa, avança esta quinta-feira, 9 de novembro, a Bloomberg.
A agência de notícias, que cita fontes conhecedoras do tema, diz que a operadora de telecomunicações, que em Portugal detém a Meo, já enviou informações sobre os negócios a potenciais compradores. Terá pedido que as primeiras ofertas sejam apresentadas até ao próximo mês, diz a Bloomberg.
Empresas de "private equity" como a Apax Partners, a Apollo Global Management, CVC Capital Partners e a Warbug Pincus estarão a avaliar a aquisição da unidade portuguesa, de acordo com as fontes.
Alguns dos possíveis pretendentes terão avaliado o negócio português em 7 mil milhões de euros, mas o valor estará abaixo do pretendido pelo grupo, que procura uma avaliação superior.
E nem só os negócios em Portugal e França, onde detém a SFR estarão em jogo. Drahi estará também a sondar o interesse do mercado na unidade na República Dominicana.
Não há, contudo, certezas de que os pretendentes avancem com propostas formais, ressalva a Bloomberg.
"Temos calmamente desenvolvido os nossos processos, com um calendário muito claro, de forma a considerar as várias opções nos próximos trimestres. Os processos estão a decorrer como anunciado e, no entretanto, a Altice refinanciou as maturidades de 2025 para 2028", respondeu um representante da Altice, em declarações ao meio de comunicação.
A possibilidade da venda do negócio em Portugal tem vindo a ser noticiada desde que a Operação Picoas - que revelou um alegado esquema financeiro em torno da Altice que terá lesado o Estado e o grupo empresarial em centenas de milhões de euros - foi conhecida, em meados de julho. A investigação colocou pressão sobre o império de Drahi, que acumula um total de cerca de 60 mil milhões de dólares em dívida [64,28 mil milhões de euro ao câmbio atual].
As suspeitas sobre altos cargos da empresa - como é o caso de Armando Pereiro, cofundador e amigo próximo de Drahi, que é um dos principais suspeitos no caso - agravou as dificuldades da operadora, que lidava já com um ambiente de elevadas taxas de juro.
Numa reunião com investidores, no início de setembro, Drahi terá manifestado disponibilidade para vender todas as partes da Altice pelo preço certo. "Está tudo em aberto... é só uma questão de oferta e procura. Tudo em jogo, tudo em jogo. Mais a Torre Eiffel", terá dito o multimilionário, segundo transcrições não oficiais a que a Bloomberg teve acesso.
O Negócios questionou a Altice Portugal sobre se confirma a informação, mas até à data da publicação deste artigo não obteve resposta. Certo é que esta tem vindo a ser uma hipótese que a liderança da operadora em Portugal não confirma. No final de outubro, à margem da inauguração do Centro de Interligação de Redes Internacionais, a CEO da empresa, Ana Figueiredo, afirmou: "Acho que um investimento de 3 milhões comprova que estamos aqui para ficar".
A Altice International - que agrega a operação em território português - apresenta as contas do terceiro trimestre no dia 21 de novembro. No mesmo dia, está marcada uma conferência com os investidores em dívida.
A agência de notícias, que cita fontes conhecedoras do tema, diz que a operadora de telecomunicações, que em Portugal detém a Meo, já enviou informações sobre os negócios a potenciais compradores. Terá pedido que as primeiras ofertas sejam apresentadas até ao próximo mês, diz a Bloomberg.
Alguns dos possíveis pretendentes terão avaliado o negócio português em 7 mil milhões de euros, mas o valor estará abaixo do pretendido pelo grupo, que procura uma avaliação superior.
E nem só os negócios em Portugal e França, onde detém a SFR estarão em jogo. Drahi estará também a sondar o interesse do mercado na unidade na República Dominicana.
Não há, contudo, certezas de que os pretendentes avancem com propostas formais, ressalva a Bloomberg.
"Temos calmamente desenvolvido os nossos processos, com um calendário muito claro, de forma a considerar as várias opções nos próximos trimestres. Os processos estão a decorrer como anunciado e, no entretanto, a Altice refinanciou as maturidades de 2025 para 2028", respondeu um representante da Altice, em declarações ao meio de comunicação.
A possibilidade da venda do negócio em Portugal tem vindo a ser noticiada desde que a Operação Picoas - que revelou um alegado esquema financeiro em torno da Altice que terá lesado o Estado e o grupo empresarial em centenas de milhões de euros - foi conhecida, em meados de julho. A investigação colocou pressão sobre o império de Drahi, que acumula um total de cerca de 60 mil milhões de dólares em dívida [64,28 mil milhões de euro ao câmbio atual].
As suspeitas sobre altos cargos da empresa - como é o caso de Armando Pereiro, cofundador e amigo próximo de Drahi, que é um dos principais suspeitos no caso - agravou as dificuldades da operadora, que lidava já com um ambiente de elevadas taxas de juro.
Numa reunião com investidores, no início de setembro, Drahi terá manifestado disponibilidade para vender todas as partes da Altice pelo preço certo. "Está tudo em aberto... é só uma questão de oferta e procura. Tudo em jogo, tudo em jogo. Mais a Torre Eiffel", terá dito o multimilionário, segundo transcrições não oficiais a que a Bloomberg teve acesso.
O Negócios questionou a Altice Portugal sobre se confirma a informação, mas até à data da publicação deste artigo não obteve resposta. Certo é que esta tem vindo a ser uma hipótese que a liderança da operadora em Portugal não confirma. No final de outubro, à margem da inauguração do Centro de Interligação de Redes Internacionais, a CEO da empresa, Ana Figueiredo, afirmou: "Acho que um investimento de 3 milhões comprova que estamos aqui para ficar".
A Altice International - que agrega a operação em território português - apresenta as contas do terceiro trimestre no dia 21 de novembro. No mesmo dia, está marcada uma conferência com os investidores em dívida.