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Dona da Cabovisão compra Oni

Os accionistas da Oni, liderada por Pedro Morais Leitão e especializada em Redes de Nova Geração, tinham até sexta-feira para se entenderem quanto à proposta de compra apresentada pela Altice, detentora do maior operador francês de Cabo, a Numericable.

02 de Junho de 2013 às 17:51
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Os dois accionistas da Oni Gestin e Riverside venderam à Altice, dona da Cabovisão, as posições de 34,6% e 65,4% que detinham respectivamente naquela operadora de telecomunicações, segundo um comunicado enviado à agência Lusa pela administração da Gestmin.

 

De acordo com o documento, a Gestmin SGPS Holding familiar de Manuel Champalimaud "alienou a sua posição de 34,6% na ONI SGPS à Altice", que também detém a Cabovisão.

 

"Nesta transacção integralmente liderada pela Gestmin, no quadro do Acordo de Accionistas, o seu parceiro Riverside, foi obrigado a vender também a posição accionista detida de 65,4%", frisa o comunicado do conselho de administração daquela empresa, sem avançar o montante final da operação.

 

A decisão tomada pela Gestmin, sublinha o documento, "toma como referência, quer o movimento de consolidação do sector de telecomunicações, quer a sua opção estratégica de concentração do investimento nos sectores de energia e portuário, a par da diversificação para outros mercados".

 

Na sexta-feira, a agência Lusa já tinha avançado que havia um princípio de acordo entre a Altice e os accionistas da Oni para a compra desta operadora por um valor que rondaria os 82 milhões de euros, montante que poderia eventualmente ser acertado entre os 80 e os 90 milhões de euros, cerca de metade do valor de propostas de aquisição que aquela empresa chegou a receber no passado, segundo avançaram responsáveis do sector.

 

A Lusa noticiou também que existiam ainda "questões contratuais, processuais, regulatórias e concorrenciais" que teriam de ser acertadas.

 

Os accionistas da Oni, liderada por Pedro Morais Leitão (na foto) e especializada em Redes de Nova Geração, tinham até sexta-feira para se entenderem quanto à proposta de compra apresentada pela Altice, detentora do maior operador francês de Cabo, a Numericable.

 

O processo já se arrastava há vários meses, desde Outubro, depois de o fundo francês Altice, fundado entre outros por Armando Pereira, de ascendência portuguesa, ter esbarrado nas divergências existentes entre os dois maiores accionistas da empresa que detém a Oni - a Winreason -, que por sua vez é detida pela The Riverside Company e a Gestmin SGPS.

 

Os bancos envolvidos são o holandês ING e o britânico Barclays.

 

Após a aquisição da operadora de televisão por subscrição Cabovisão, em Fevereiro do ano passado, por 45 milhões de euros à canadiana Cogeco, a Altice conseguirá com a compra da Oni a entrada no mercado empresarial, o alargamento da cobertura dos seus serviços a nível nacional, assim como a evolução para serviços de comunicações móveis, através da conversão da licença de wimax (acesso de banda larga), que a Oni tem, em licença de LTE (Long Term Evolution), ou seja, a quarta geração móvel, como explicaram responsáveis do sector.

 

Também em declarações anteriores à agência Lusa, o director-geral Cabovisão, João Zúquete da Silva, tinha já admitido a possibilidade de a operadora de telecomunicações passar a incluir na sua oferta o serviço de comunicações móveis.

 

Esta possibilidade poderá ser concretizada se a Cabovisão se transformar num operador virtual (MVNO), o que poderá ser possível, nomeadamente através da transformação da licença de wimax que a Oni detém, como explicaram então as mesmas fontes.

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