"Temos como meta ser o segundo operador de telecomunicações em Portugal no curto ou médio prazo", afirmou esta quarta-feira, 19 de Junho, João Zúquete da Silva, director-geral da Cabovisão, na primeira conferência de imprensa realizada pela empresa desde que foi adquirida pela Altice.

Como o será não disse, mas garantiu que "depende de quem estiver disposto a encetar negócios com a Altice". Ou seja, só o conseguirá por aquisição e "estamos atentos". João Zúquete da Silva admite que o sector em Portugal está a mudar e a Cabovisão adoptará e adaptará a sua estratégia consoante a sua evolução. "Viémos para ficar", assegurou.

A Cabovisão, que já mudou a sua imagem corporativa e está a lançar uma nova caixa descodificadora (que integra blu-ray e centro de media), diz que depois da reestruturação interna e da reorganização da empresa está a virar-se agora para a componente comercial para ter mais clientes em cima da rede que actualmente tem, que cobre um milhão de casas. A estratégia passa por um investimento de 150 milhões de euros a três anos na manutenção e desenvolvimento da rede. Valor que poderá ser aumentado para expandir a rede. Com aquisições o investimento da Altice no mercado português pode ascender a 500 milhões.

"Queremos incrementar presença onde já temos rede", disse o mesmo responsável, salientando que a Cabovisão, enquanto operadora de televisão, voz e internet, quer chegar aos 10% de quota de mercado. 

E avança desde já que também quer ser um operador convergente, com oferta fixa e móvel. Para isso, pretende negociar com um operador móvel com rede um acordo de MVNO (operador móvel virtual)."Andamos a ver as opções que temos".