Notícia
Compra da Cabovisão pela Altice não deve alterar panorama das telecomunicações em Portugal
Casa de investimento do BES não vê nenhuma alteração significativa no mercado, dada a posição dominante da PT e da Zon. O facto de não se conhecerem os objectivos da Altice em Portugal dificulta avaliação do impacto da operação.
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![](http://www.jornaldenegocios.pt/images/2010_04/cabovisao_martinho_tojo_not1_pe.jpg)
“Acreditamos que é difícil assistir a qualquer alteração estrutural no mercado considerando as fortes posições da PT e da Zon como os operadores dominantes no triple play”, escreve o analista Nuno Miguel Matias, na nota de “research” diária do BESI. A Cabovisão tinha uma quota de mercado de 8,6% no final de 2011 nas subscrições de serviço televisivo.
Ontem, foi anunciado que a Cogeco Cable, antiga proprietária da Cabovisão, vendeu a empresa portuguesa ao grupo francês Altice por 45 milhões de euros.
“A Cabovisão está sob pressões competitivas consideráveis por parte da Zon Multimédia e a Portugal Telecom e o seu desempenho operacional deteriorou-se significativamente nos últimos trimestres”, considera Nuno Miguel Matias.
Outra casa de investimento, o Santander, comentava, em Novembro passado, que a Zon seria a compradora "natural" da subsidiária portuguesa da Cogeco num exercício de consolidação no sector, o que não se veio, então, a verificar. Uma operação de alienação da Cabovisão era um tema recorrente há já vários meses.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.