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Telecom Italia opõe-se à venda da unidade no Brasil e procura investidores alternativos à Telefónica

O presidente do conselho de administração da Telecom Italia opõe-se à venda da subsidiária brasileira Tim Brasil e está à procura de investidores alternativos à Telefónica, para participarem num aumento de capital que considera necessário.

25 de Setembro de 2013 às 16:08
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Franco Bernabe, presidente do conselho de administração da Telecom Italia (TI), deixou transparecer que se opõe a uma aquisição da operadora italiana pelos espanhóis da Telefónica. Além de se opôr à venda da Tim Brasil, que poderia ser necessário caso as duas se fundissem, disse estar à procura de novos investidores para reforçar o capital próprio, de acordo com a Bloomberg.

 

Bernabe, defendeu que a TI deve recuperar o equilíbrio financeiro através de um aumento de capital junto "dos actuais e novos accionistas". A opção é preferível à venda de activos e implica a procura de novos accionistas, cujo investimento serve de alternativa ao reforço da posição da Telefónica.

 

O futuro da Telecom Italia deve ser delineado “não só pela Telefónica, mas por todos os seus accionistas”, disse o responsável, que assegurou ter conhecimento dos planos da  operadora espanhola através dos comunicados de imprensa. As declarações do responsável surgem um dia depois de se saber que a Telefónica reforçou a sua participação na operadora italiana.

 

Embora o processo de aumento de capital seja “complexo”, estão reunidas as condições para emitir novas acções. “Porque existe muita liquidez, existem condições favoráveis a um aumento de capital”, afirmou, dizendo que a venda de activos não é uma estratégia adequada.

 

A afirmação contraria as notícias que dão conta de que a operadora incumbente do mercado italiano está a ponderar vender activos na América Latina, para recuperar o equilíbrio financeiro da cotada cuja dívida líquida ascende a 29 mil milhões de euros e que necessita de investir na sua rede fixa.

 

Se a Telecom Italia não diminuir a sua dependência de capitais alheios acabará por ver as agência de "rating" descerem as suas classificações de crédito para a dívida para um nível “especulativo” (também conhecido como “junk” ou “lixo”).

 

Venda da Tim Brasil “reduziria o perfil internacional” da TI

 

O futuro da subsidiária que a Telecom Italia detém no Brasil poderá ser definido pelos movimentos de fusões e aquisições que ocorrerem na Europa.

 

O ministro das Comunicações do Brasil, Paulo Bernardo, afirmou que o controlo da Tim não pode passar para nenhuma das principais concorrentes – Vivo, Oi, Claro ou Nextel. Ora, a Telefónica detém a Vivo, que é líder do mercado de telecomunicações móveis no Brasil. Se houver uma fusão entre espanhóis e italianos, a Tim Brasil poderá ser vendida.

 

Contudo, o “chairman” da Telecom Italia opõe-se à venda da Tim. Uma operação do género “reduz fortemente o perfil internacional da Telecom Itália e as suas perspectivas de crescimento”, defendeu. Por outro lado, a conclusão do negócio iria demorar demasiado tempo para evitar a deterioração da percepção que as agências de “rating” têm da qualidade de crédito.

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