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OPEP+ começa a abrir as torneiras a partir de dezembro

Com o escalar de tensões no Médio Oriente, os preços do crude têm estado a subir, o que dá força à OPEP+ para manter o plano delineado.

Vários membros da OPEP+ já vieram dizer que a Rússia é um parceiro-chave no acordo que vigora desde 2017.
Ramzi Boudina/Reuters
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Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+) devem avançar com o plano de começar a colocar mais crude no mercado a partir de dezembro. O Comité Ministerial Conjunto de Monitorização (JMMC) está reunido esta quarta-feira e duas fontes disseram à Reuters que será essa a recomendação.

Recorde-se que a OPEP+ decidiu, na reunião de 5 de setembro, adiar por dois meses o plano de começar a colocar mais crude no mercado a partir de outubro – ou seja, começar apenas em dezembro a abrir as suas torneiras. Isto porque os preços do "ouro negro" estavam a cair e, para estes 22 petro-Estados, as receitas daí decorrentes estavam a ser menores.

Agora, com o escalar de tensões no Médio Oriente, os preços do crude têm estado a subir, o que dá força à OPEP+ para manter o plano delineado.

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 3,48% para 72,26 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 3,11% para 75,85 dólares.

Atualmente, a OPEP+ tem em vigor dois acordos de retirada de crude do mercado, que ascendem no total a 5,86 milhões de barris diários – e que correspondem a 5,7% da procura mundial. Um dos acordos implica um corte de produção voluntário, de 2,2 milhões de barris por dia, por parte de oito países (Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Koweit, Cazaquistão, Argélia e Omã) e é esse crude que vai começar a ser libertado faseadamente – entre dezembro deste ano e setembro do próximo.

Há ainda um acordo de corte da oferta de 3,66 milhões de barris diários, definido em 2022 e 2023, e que se manterá em vigor pelo menos até ao final de 2025. Este acordo foi firmado na tentativa de travar a menor procura (também decorrente da pandemia e da invasão da Ucrânia – que reforçou as pressões inflacionistas e levou os bancos centrais a subirem os juros diretores), tendo sido decidido no ano passado que iria vigorar também ao longo deste ano. E agora vai pelo menos até ao final de 2025.

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