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Pensões atribuídas este ano já terão atualização em janeiro

Governo aprovou em Conselho de Ministros diploma que prevê atualização de pensões no ano seguinte ao da atribuição das pensões. Ministra explica que a nova regra se aplica a quem viu a sua pensão atribuída a partir de janeiro deste ano. Diploma terá impacto de 42 milhões de euros.

O Governo tem dito que está aberto a mexidas na lei laboral, mas para já elenca outras medidas.
António Pedro Santos/Lusa
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As pessoas que se reformaram este ano já vão sentir uma atualização na pensão em janeiro, segundo explicou após a reunião de Conselho de Ministros a ministra da Segurança Social, Rosário Palma Ramalho. A medida agora aprovada terá um custo de 42 milhões de euros.

Esta quarta-feira o Governo aprovou em Conselho de Ministros o diploma que prevê a atualização de pensões no ano seguinte ao da sua atribuição e de acordo com a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Rosário Palma Ramalho, a nova regra abrange as pensões da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações (CGA) e aplica-se a quem viu a pensão atribuída desde janeiro deste ano.

"Todas as pessoas que são abrangidas são todas as pessoas que passaram ou vão passar até ao final do ano à situação de pensionista no ano de 2024", disse a ministra, na conferência de imprensa sobre os diplomas aprovados. "Se a lei não existisse só era atualizada a sua pensão em 2026. Reforma-se hoje a sua pensão é atualizada em 2025", acrescentou.

Os valores das atualizaçõe de pensões para o próximo ano dependem muito dos valores finais da inflação sem habitação no final do ano e do crescimento da economia no terceiro trimestre, que ainda não são conhecidos, mas olhando para os dados disponíveis neste momento as pensões deverão aumentar entre 2% e 3%.

Para dar uma ideia aproximada, admitindo que o PIB cresce em média mais de 2% mas menos de 3% nos dois anos terminados no terceiro trimestre deste ano (como se espera) e considerando a inflação sem habitação média em setembro (a que vale é a de dezembro), a esmagadora maioria das pensões poderá subir perto 2,8% em janeiro. Em causa estão as que estão abaixo de dois indexantes de apoios sociais (1.041 euros). Os restantes escalões poderão ficar entre os 2% (no caso das mais altas, acima dos 6 IAS) e os 2,3%. Contudo, os valores exatos dependem, como referido, dos valores finais da inflação e do PIB.

Segundo revelou Rosário Palma Ramalho em resposta a uma pergunta, a alteração terá um impacto orçamental de 42 milhões de euros (no primeiro ano, interpreta-se).

O diploma "vem resolver um problema antigo que já várias vezes tinha sido sinalizado mas que ainda não tinha sido resolvido. E que decorre da seguinte injustiça: no ano subsequente à atribuição de uma pensão essa pensão não seria atualizada", disse a ministra, explicando que quem vê a pensão atribuída em janeiro pode esperar quase dois anos pela primeira atualização.

A contestação à regra que impedia a atualização no ano seguinte aumentou nos últimos anos, quando a inflação foi particularmente elevada. Movimentos de pensionistas, PCP e Bloco de Esquerda têm vindo a pedir a alteração à lei. No início da semana, o PS submeteu uma proposta sobre o assunto.

O Governo aprovou ainda outras medidas que incluem o Estatuto da Pessoa Idosa bem como o aumento do subsídio para cuidadores informais principais. O valor passa de 1 IAS (509,26 euros este ano) para 1,1 IAS (cerca de 560 euros este ano). 

"Pode parecer pouco mas é significativo porque o cuidador informal só recebe o subsídio se não tiver outro rendimento", disse Rosário Palma Ramalho.

Notícia atualizada às 18:22 com mais informação

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