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Associação de pequenos acionistas Maxyield pede pagamento de dividendos dos CTT
A associação de pequenos acionistas Maxyield pediu o pagamento de dividendos dos CTT aos detentores de títulos, depois de conhecidos os resultados dos primeiros nove meses deste ano do grupo, segundo um comunicado.
05 de Novembro de 2020 às 20:40
"Neste contexto e face à manutenção pelo Conselho de Administração da 'guidance' [previsão] de resultados operacionais no montante de 30 milhões de euros para a totalidade do ano, é entendimento da direção da Maxyield que existe espaço e 'folga' financeira para distribuir os dividendos cuja proposta foi revertida na última assembleia-geral", indicou a entidade.
A Maxyield entende "que devem ser seguidas as boas práticas transmitidas ao mercado pela J. Martins e pela Navigator, que convocaram as suas assembleias-gerais para a última semana de novembro para aprovar o pagamento dos dividendos de 2020 que tinham sido revertidos".
A Maxyield conta com cerca de 25 associados, que são pequenos investidores em empresas cotadas.
Os lucros dos CTT caíram 81,1% nos primeiros nove meses deste ano, em termos homólogos, atingindo 4,3 milhões de euros, adiantou o grupo, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), esta quarta-feira.
Este resultado, atribuível a detentores de capital, deveu-se entre outros fatores, à redução do EBIT (resultado antes de juros e impostos) que no mesmo período se fixou em 17,3 milhões de euros, uma redução de 49,6% face a igual período do ano passado.
Por sua vez, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 21,3%, atingindo os 57,7 milhões de euros.
Já os rendimentos operacionais dos CTT fixaram-se em 534,3 milhões de euros, menos 1% do que em 2019, "penalizados pelo segundo trimestre deste ano, devido ao impacto da covid-19", indicou o grupo.
De acordo com os CTT, os rendimentos operacionais do segmento de correio atingiram 308,8 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2020, uma redução de 11,8% face a igual período de 2019, "devido fundamentalmente à queda dos rendimentos do correio transacional (-39,7 milhões de euros; -13,1%) e do correio publicitário (-3,6 milhões de euros; -21,6%), atenuada pelo crescimento dos rendimentos das soluções empresariais (+4,6 milhões de euros; +58,6%)".