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Anacom investe três milhões nos centros de monitorização do espectro

A entidade reguladora vai modernizar equipamentos e sistemas de informação nas instalações do Porto, Barcarena, Funchal e Ponta Delgada. O quadro de trabalhadores, com idade média de 49 anos, é "rejuvenescido" a partir de 2019.

Mariline Alves
30 de Novembro de 2018 às 14:22
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A Anacom vai investir um total de três milhões de euros durante o próximo ano para substituir os equipamentos, actualizar os sistemas de informação e melhorar as condições de trabalho nos quatro centros de monitorização e controlo do espectro que tem espalhados pelo país.

 

Nos dois centros principais, localizados em Barcarena e no Porto, vão ser aplicados dois milhões de euros, divididos em partes iguais, e aí serão instalados também "videowalls" e espaços para reuniões e gestão de crises. Funchal (Madeira) e Ponta Delgada (Açores) dividem o resto do valor, já previsto e inscrito no plano de actividades da entidade reguladora.

 

No centro madeirense já foram realizadas as obras necessárias, faltando agora instalar a componente de software, que será comum a todos os centros. E a próxima obra a avançar no terreno será nas instalações que servem o Norte do território continental, cujo projecto de modernização foi aprovado esta manhã pelo conselho de administração.

 

João Cadete de Matos, que ocupa a presidência da Anacom desde Agosto de 2017, reconheceu que nos anos de crise da economia portuguesa acabou por desacelerar o investimento no equipamento informático, embora isso não tenha afectado o fundamental da actividade. E sustentou, durante uma conferência de imprensa no Porto, que estas novas condições apenas "acompanham a forma como outros países já estão a funcionar".

 

Não vamos ter nenhum descontrolo [no orçamento]. Antes pelo contrário, vamos apresentar contas com uma boa contenção das despesas. João Cadete de Matos, presidente da Anacom

 

Sublinhando que este investimento "é relevante que para o orçamento da Anacom", o responsável explicou ainda que a autoridade nacional de comunicações tem vindo a adoptar uma "contenção significativa nas despesas correntes" e que o orçamento está "equilibrado do ponto de vista da execução orçamental". "Não vamos ter nenhum descontrolo. Antes pelo contrário, vamos apresentar contas com uma boa contenção das despesas", acrescentou.

 

Recrutamento avança em 2019

 

Com cerca de 400 pessoas na folha salarial, das quais cerca de 110 estão afectas à gestão do espectro, João Cadete de Matos dramatizou que é preciso "rejuvenescer" um quadro de trabalhadores "bastante envelhecido", cuja média de idade ronda actualmente os 49 anos. "Isso nem sempre é o mau, pois temos pessoas com experiência, mas também é preciso acautelar o futuro porque muitas vão passar à reforma e é preciso passar o testemunho", frisou, notando ainda que a Anacom precisa de ir às universidades buscar novas competências.

 

O líder da Anacom insistiu que "[terá] de fazer essas contratações nos próximos anos", mas que neste momento a prioridade é o exercício de "repensar o modelo organizativo" da instituição para responder a novos desafios. Um trabalho que o gestor prometeu concluir "muito em breve" e que ajudará a definir precisamente as maiores necessidades de recrutamento – um processo que pode avançar na primeira metade de 2019.

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