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Alexandre Fonseca: Portugal foi mais "agressivo" do que outros mercados nos limites ao 5G

Co-Ceo do grupo francês assumiu que a Altice está atenta ao caso português e admitiu que "tudo o que possa ter impacto nas operações" preocupa a operadora a nível global.

01 de Junho de 2023 às 15:58
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O Co-CEO da Altice, Alexandre Fonseca, admite que Portugal foi mais longe do que os restantes países na exclusão da Huawei da rede 5G.

Em causa está a deliberação da Comissão de Avaliação de Segurança, no âmbito do Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço, que classifica como "alto risco" para a segurança das redes e serviços nacionais a utilização de equipamentos e serviços de fornecedores que, entre outros, não sejam Estado-Membro da União Europeia, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ou da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). 

Numa primeira leitura, disse Alexandre Fonseca, parece-lhe "evidente que o nível de agressividade desta medida é superior ao que parece ver noutros mercados". E dá o caso francês como exemplo. "Em França estamos em plena fase de substituição, mas França selecionou as oito maiores cidades francesas, alguns pontos estratégicos do ponto de vista militar ou de infraestruturas críticas e, nesses pontos, foi um processo negocial", afirmou, à margem do sétimo aniversário da Altice Labs, classificando como "razoável" o facto de ter existido diálogo. 

"O Estado e os operadores negociaram, discutiram e chegaram a alguns consensos e à ausência de outros, mas houve essa discussão", enfatizou, acrescentando que terá de se esperar para ver o que acontece em território português.

Ao contrário de alguns países, como França, que aplicaram restrições mais direcionadas, a deliberação conhecida na semana passada prevê que a proibição e exclusão de equipamentos de empresas classificadas como de "alto risco" se aplique a todos os aspetos da rede, e não só à rede mais crítica, o chamado 5G core. E é aí que a questão fica mais complexa, uma vez que, apesar de a tecnologia da Huawei não estar no núcelo da rede das operadoras, está noutras partes, pelo que uma exclusão obrigaria à substituição de equipamentos, o que terá custos.


Remetendo "a análise" sobre os impactos da decisão "à equipa portuguesa", Alexandre Fonseca admitiu contudo a preocupação do grupo francês. "Obviamente que tudo o que possa ter impacto nas operações dos nossos países nos preocupa", disse.

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