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Alexandre Fonseca diz ser “alheio” à Operação Picoas e exige “clarificação dos factos”

O antigo CEO da Altice Portugal assegura que é “completamente alheio” às suspeitas que têm vindo a ser publicadas no âmbito da investigação e vai “exigir a clarificação de todos os factos” para proteger a sua "integridade, bom nome e currículo”.

Alexandre Fonseca, CEO da Altice Portugal, lançou um novo programa de rescisões.
Vitor Mota
18 de Julho de 2023 às 10:35
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Alexandre Fonseca garante  ser "alheio" às suspeitas da Operação Picoas, tendo decidido suspender funções apenas para proteger o Grupo Altice e todas as suas marcas. Numa publicação no Linkedin, o antigo presidente executivo da Altice Portugal explica porque decidiu abandonar todos os cargos e, citando Martin Luther King,  garante que vai lutar pela clarificação dos factos.  

Esta é a primeira reação pública do gestor após ter sido noticiado que tinha suspendido  funções da Altice no âmbito da investigação Operação Picoas que suspeita de transações alegadamente ilegais de Armando Pereira e do seu amigo de longa data Hernâni Vaz Antunes, que decorrem no mandato de Alexandre Fonseca enquanto presidente executivo.

Na publicação na sua página do Linkedin, o gestor começa por explicar que no âmbito das recentes notícias veiculadas sobre o Grupo Altice, decidiu acionar a suspensão das  suas funções de Co-CEO do Grupo, bem como de chairman de diferentes operações em várias geografias. "Nunca abdiquei, nem abdicarei, de enfrentar as adversidades com objetividade e firmeza necessárias, pois acredito que só assim faz sentido", acrescenta. 

"Com esta decisão pretendo de forma inequívoca proteger o Grupo Altice e todas as suas marcas em todas as geografias mundiais de um processo que é público onde, aparentemente, são indiciados atos a investigar ocorridos no período em que exerci as funções de presidente executivo da Altice Portugal", defendeu. E acrescenta que "o atual contexto exige respostas firmes e concretas pelo que, não hesitei em enfrentar o atual momento com a elevada responsabilidade que ele exige".

Alexandre Fonseca defende que "esta atitude visa contribuir para o cabal esclarecimento da verdade, através da minha disponibilidade total para que, o mais rapidamente possível, a mesma seja devidamente apurada e reposta".

O gestor conta ainda que o Grupo Altice "aceitou e valorizou" a decisão de suspender as suas funções, uma vez que todos entendem que "auxilia a salvaguarda da prossecução da atividade empresarial da Altice e promove a defesa dos princípios da transparência, da verdade e da colaboração no apuramento dos factos".

"Quero reiterar que, por ser completamente alheio ao que tem vindo a ser publicamente veiculado no âmbito do processo em curso, irei exigir a clarificação de todos os factos e, assim, proteger a minha integridade, bom nome e o meu currículo publicamente reconhecido e valorizado", adianta.

E termina citando Martin Luther King: "A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar". "Reitero que não abdicarei de dar o meu total contributo e fazer a minha parte, pois, tenho muito orgulho no que construí e desenvolvi na minha vida pessoal, familiar e profissional, nomeadamente, em Portugal e no Grupo Altice".

O Ministério Público abriu uma investigação a alegados esquemas empresariais de Armando Pereira e Hernâni, que terão lesado a Altice e o estado em milhões de euros. 

A compra do antigo Edifício Sapo, na Avenida Fontes Pereira de Melo, em Picoas (Lisboa), é uma dos vários negócios que está sob suspeita nesta investigação. A Altice Portugal já anunciou a abertura de uma investigação interna a estas transações que ocorreram durante o mandato do anterior presidente executivo, Alexandre Fonseca, que suspendeu funções na empresa.

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