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Armando Pereira indiciado de 11 crimes de corrupção e branqueamento de capitais

Advogado do ex-CEO da Altice confirmou a informação à saída do tribunal. Hernâni Vaz e Armando Pereira suspeitos de mais de 35 crimes na Operação Picoas.

Miguel Baltazar/Jornal de Negócios
19 de Julho de 2023 às 13:23
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O cofundador da Altice, Armando Pereira, está indiciado de 11 crimes de corrupção ativa e passiva, branqueamento e falsificação de capitais. Já Hernâni Antunes é suspeito de mais de 20 crimes de corrupção ativa, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada.

No total são mais de 35 crimes que o Ministério Público (MP) suspeita na chamada Operação Picoas, que revelou um alegado esquema financeiro em torno da Altice, detentora da antiga PT, que terá lesado o Estado e o grupo empresarial em centenas de milhões de euros.


Em declarações aos jornalistas à saída do tribunal, o advogado Manuel Magalhães e Silva confirmou que Armando Pereira é suspeito de corrupção ativa e passiva no setor privado, branqueamento de capitais e falsificação de documentos, sublinhando que o seu cliente não é visado pelo MP pelo crime de fraude também sob investigação neste caso.

"Aquilo que se tem dito continuadamente que é uma monumental fraude fiscal não está imputada ao senhor Armando Pereira", afirmou, acrescentando: "De A a Z tudo vai ser explicado. Ele leu e refletiu com toda a atenção sobre a indiciação que lhe foi apresentada pelo MP e está em condições de esclarecer o MP sobre todos os itens da indiciação".


O jornal Eco especifica os crimes imputados a Armando Pereira: seis crimes de corrupção ativa agravada no setor privado, com referência a colaboradores da Altice (como Luís Alvarinho, Alexandre Fonseca), um crime de corrupção passiva no setor privado com referência a decisões da Altice, quatro crimes de branqueamento de capitais e ainda crimes de falsificação de documentos, ainda não contabilizados na totalidade.

Quanto a Hernâni Vaz Antunes, braço direito de Pereira, terá contra si sete crimes de corrupção ativa agravada no setor privado (com referência a Armando Pereira e Alexandre Fonseca), oito crimes de fraude fiscal, seis crimes de branqueamento de capitais e ainda falsificação de documentos e falsas declarações, ainda não totalmente contabilizados.

Armando Pereira está detido desde quinta-feira e vai começar a ser interrogado hoje no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) pelo juiz Carlos Alexandre, depois de concluídos os interrogatórios de Jéssica Antunes e Álvaro Gil Loureiro. Hernâni Vaz Antunes, considerado o "braço direito" de Armando Pereira e o quarto arguido detido neste processo, será o último a prestar declarações.

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