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Gabinete de Alexandre Fonseca fora de funções temporariamente

Decisão terá ocorrido por inerência da suspensão de funções do próprio Alexandre Fonseca, co-CEO do grupo.

Pedro Catarino
19 de Julho de 2023 às 16:03
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O gabinete de Alexandre Fonseca (na foto), co-CEO do grupo Altice, deixou temporariamente de exercer funções no grupo. Segundo revelou fonte conhecedora do tema ao Negócios, o chefe de gabinete de Alexandre Fonseca, André Figueiredo, e a assistente foram "suspensos por inerência". Outra fonte ligada à empresa confirma que estes trabalhadores estão afastados das respetivas funções, mas ressalva que não se trata de uma supensão, mas sim de "uma licença".

Esta decisão terá ocorrido por inerência da suspensão de funções de Alexandre Fonseca. Nenhuma das pessoas acima referidas foi constituída arguida ou suspeita na "Operação Picoas". 

O grupo Altice divulgou hoje que abriu "uma investigação interna em Portugal" e que "a Altice Internacional e as suas afiliadas colocaram vários representantes legais, gestores e funcionários importantes em Portugal e no estrangeiro de licença enquanto a investigação está em curso". Ao Negócios, a mesma fonte afirma que a suspensão do gabinete de Fonseca não estará diretamente relacionada com o processo, tendo resultado de um acordo entre o grupo e os funcionários em causa.

Recorde-se que a notícia de que Alexandre Fonseca tinha suspendido funções foi divulgada na segunda-feira pelo grupo. Uma decisão que, justificou a empresa na altura, foi tomada em prol da atividade do grupo.

"[Alexandre Fonseca] pretende de forma inequívoca proteger os interesses do grupo Altice e todas as suas marcas, num processo que é público, onde, aparentemente, são indiciados atos a investigar ocorridos no período em que este exerceu as funções executivas de presidente da Altice Portugal", referiu o grupo na altura.

Recorde-se que, até à data, Alexandre Fonseca não foi constituído arguido no caso, que na passada semana motivou cerca de 90 buscas, domiciliárias e não domiciliárias.

Em causa estão suspeitas de um alegado esquema financeiro em torno da Altice, detentora da antiga PT, que terá lesado o Estado e o grupo empresarial em centenas de milhões de euros. Os principais arguidos do processo são Armando Pereira, co-fundador do grupo, e Hernâni Vaz Antunes, empresário bracarense e braço direito de Pereira.

O cofundador da Altice está indiciado de 11 crimes de corrupção ativa e passiva, branqueamento e falsificação de capitais, enquanto Vaz Antunes é suspeito de mais de 20 crimes de corrupção ativa, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada.

Notícia atualizada com nova informação às 16h23

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