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Um terço dos quadros tecnológicos sentem-se desvalorizados

O acesso a formação contínua, a integração em novos desafios e a transparência financeira estão entre as principais preocupações, mostra um barómetro da Michael Page.

26 de Novembro de 2015 às 15:35
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Um em cada três profissionais portuguesas da área das tecnologias de informação (TI) queixa-se de falta de reconhecimento nas empresas. Apenas 64% sentem que o seu trabalho é valorizado e, entre estes, quase metade sustenta receber apenas um reconhecimento verbal por parte das chefias.

No barómetro de TI da Michael Page, a oferta salarial (70%), a definição e responsabilidades das funções (60%) e a evolução na carreira (58%) são apontados como os factores que assumem maior peso na aceitação de uma proposta de emprego por partes destes profissionais. A imagem e reputação da empresa e a sua dimensão surgem no fundo dos factores que pesam nessa decisão.

A empresa de recrutamento auscultou os quadros médios e superiores que participaram em processos de recrutamento para esta área, sendo que os sectores que mais procuraram estes trabalhadores em 2015 foram a consultoria, banca e seguros, e indústria. Do total de inquiridos, 45% aufere entre 35 e 55 mil euros brutos por ano e 26% recebe mais de 55 mil euros.

Quase todos os profissionais portugueses de tecnologias de informação espera que o empregador lhe faculte a formação para desenvolver competências, a integração em desafios interessantes e o acesso a ferramentas de trabalho eficientes. Também o bom ambiente na empresa, mesmo com uma elevada carga de trabalho, é apontada como relevante para a motivação de quase todos os participantes.

"Contudo, os principais aspectos referidos denotam o crescimento do papel de liderança destes profissionais na progressão da sua própria carreira. 94,9% afirma exigir a transparência sobre questões financeiras por parte da entidade empregadora e 96,4% exige um bom equilíbrio entre vida pessoal e profissional", acrescenta a consultora, que está presente em 35 países.

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