Notícia
Tencent antecipa novo aperto na regulação na China. Mas está “confiante” que vai cumprir
A gigante tecnológica deixou avisos sobre a probabilidade de Pequim intensificar as regras de regulação no setor, mas demonstra confiança em conseguir cumprir com um quadro regulatório mais intenso.
A tecnológica chinesa Tencent deixou avisos sobre um aumento de regras a cumprir no mercado chinês. As declarações foram feitas durante a "call" após a divulgação de resultados da companhia, que ontem apresentou uma subida dos lucros de 29% no segundo trimestre. Em declarações citadas pela CNBC, a tecnológica reconheceu que está à espera, "num futuro próximo", de mais regras a cumprir no mercado chinês, numa altura em que o governo chinês está a intensificar a regulação ao setor tecnológico.
Martin Lau, o presidente da Tencent, apontou que a vontade de regular a Internet e as empresas que operam nesta área é "uma tendência global", que não se limita ao mercado chinês. Ainda assim, aponta que a China está à frente do bloco europeu e também dos EUA em termos de "execução de um quadro regulatório mais estruturado".
"Acho que se devem esperar [novas regras] já que a regulação tem sido bastante livre numa indústria como a Internet, dada a dimensão e importância que tem", cita a CNBC.
Mesmo com possíveis novos desafios ao virar da esquina, Martin Lau garante que a Tencent "está bastante confiante de conseguir cumprir" com mais regras.
Nos últimos meses, Pequim tem não só aberto investigações a tecnológicas na área da Concorrência e aplicado multas a empresas de relevo do setor. As críticas na imprensa estatal aos jogos online - um dos mercados de relevo no negócio da Tencent, que tem participações em algumas das maiores empresas e estúdios da indústria - e a comparação a "ópio espiritual" são um dos episódios mais recentes nesta onda de escrutínio de Pequim.
O tema não ficou de fora dos comentários pós-resultados, com Martin Lau a apontar que regular essa área, nomeadamente o tempo que os mais jovens passam a jogar, poderá não ser um cenário simples. "É uma área complicada que requer um consenso entre o regulador e também a indústria - mas isso é algo que a companhia quer discutir", garantiu.
Martin Lau, o presidente da Tencent, apontou que a vontade de regular a Internet e as empresas que operam nesta área é "uma tendência global", que não se limita ao mercado chinês. Ainda assim, aponta que a China está à frente do bloco europeu e também dos EUA em termos de "execução de um quadro regulatório mais estruturado".
Mesmo com possíveis novos desafios ao virar da esquina, Martin Lau garante que a Tencent "está bastante confiante de conseguir cumprir" com mais regras.
Nos últimos meses, Pequim tem não só aberto investigações a tecnológicas na área da Concorrência e aplicado multas a empresas de relevo do setor. As críticas na imprensa estatal aos jogos online - um dos mercados de relevo no negócio da Tencent, que tem participações em algumas das maiores empresas e estúdios da indústria - e a comparação a "ópio espiritual" são um dos episódios mais recentes nesta onda de escrutínio de Pequim.
O tema não ficou de fora dos comentários pós-resultados, com Martin Lau a apontar que regular essa área, nomeadamente o tempo que os mais jovens passam a jogar, poderá não ser um cenário simples. "É uma área complicada que requer um consenso entre o regulador e também a indústria - mas isso é algo que a companhia quer discutir", garantiu.