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SpaceX de Musk ativa testes de rede de internet através de satélites

A empresa aeroespacial norte-americana SpaceX lançou satélites do projeto Starlink para o espaço, de modo a criar uma rede de internet de alta velocidade que alcance todos os países do mundo já em 2021.

DR
10 de Novembro de 2020 às 18:06
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Chegou o tão aguardado momento. A SpaceX ativou a sua rede de internet de alta velocidade que funciona através dos satélites Starlink que a empresa lançou para o espaço. Ainda este ano a empresa norte-americana espera cobrir todo o território dos Estados Unidos e do Canadá e tem esperança de chegar em 2021 a todos os países do mundo.

A empresa liderada por Elon Musk divulgou agora os preços dos testes de internet de banda larga Starlink, que é transmitida através de pequenos satélites. Para já este serviço só está disponível para um grupo restrito de utilizadores nos Estados Unidos, contudo, espera-se que expanda dentro do próprio país e para todos os países do mundo.

Tendo em conta os resultados do teste, Better than Nothing Beta, o serviço irá entrar em funcionamento nos EUA e no Canadá ainda este ano e irá chegar aos restantes países em 2021, segunda declarações da SpaceX citadas pelo gmtoday.

O custo da assinatura mensal é de 99 dólares (cerca de 83 euros), de acordo com a CNBC, sendo que os utilizadores precisarão de realizar um pagamento único inicial de 499 dólares (420 euros) para o hardware que inclui um tripé de montagem e um router de wi-fi.

Até à data, a SpaceX lançou mais de 800 satélites para o espaço, formando pequenas constelações que irão alimentar a sua rede de banda larga. De acordo com declarações da empresa no ano passado, apenas com 720 satélites a SpaceX conseguiria cobrir todas as regiões dos EUA e com 1.800 pode fornecer internet a grande parte da população mundial.

A constelação da SpaceX pode agora chegar aos 30 mil satélites em órbita terrestre, o que preocupa os astrónomos pela luz que os mesmos refletem e que afeta as imagens do telescópio. De modo a solucionar este problema, a empresa garantiu que colocaria revestimentos nos satélites para reduzir o seu brilho.

A SpaceX vê este serviço de banda larga como uma potencial fonte de receita. No ano passado, Musk referiu que os ganhos poderiam totalizar os 30 mil milhões de dólares por ano.

"Olhamos para este investimento como uma forma da SpaceX gerar receita, que pode ser usada para desenvolver foguetões e naves espaciais mais avançados", disse Musk. "Acreditamos que este seja um passo fundamental no caminho para o estabelecimento de uma cidade auto sustentável em Marte e uma base na lua", acrescentou ainda o CEO da SpaceX.

Os serviços da SpaceX não se destinam somente aos consumidores comuns, para o provar a empresa aeroespacial estabeleceu parcerias com clientes de diversas áreas e diferentes regiões, onde este serviço se apresenta como uma mais-valia. Entre os parceiros está a Divisão de Emergências de Washington, que comunicou no mês passado que o serviço Starlink ajudou os socorristas a reconstruir a cidade de Malden após um incêndio."Há um grande mercado para esses tipos de operações remotas", afirmou Chad Anderson, um dos investidores do projeto.

Para o mercado dos Estados Unidos, o preço da SpaceX é razoável, todavia para o mercado global é caro, disse à gmtoday Carissa Christensen, presidente-executiva da empresa de pesquisas de mercado Bryce Space & Technology.

É possível que o preço desça, especialmente se houver mais concorrência. A Amazon já anunciou planos para criar sua própria constelação de banda larga via satélite.

"O preço é sempre flexível e é difícil para as empresas definirem o preço numa fase inicial", disse Jeff Kagan, analista de comunicações wireless e telecomunicações em Atlanta. "O mercado é sempre o melhor estímulo", reforçou Kagan à gmtoday.

 

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