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Sonaecom lucra 70 milhões com valorização da unicórnio Outsystems

A Sonaecom lucrou, em 2018, um total de 70 milhões de euros, o que compara com os 22,8 milhões um ano antes, anunciou a empresa.

Ricardo Castelo
18 de Março de 2019 às 18:04
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O ganho de capital conseguido pela valorização do fundo Armilar, devido à avaliação da Outsystems, que se tornou um dos unicórnios nacionais, garantiu à Sonaecom lucros de 70 milhões de euros. Triplicando face aos 22,8 milhões de euros um ano antes.

Este lucro é possível pelo que a Sonaecom apelida de resultado indireto, que inclui o valor dos fundos AVP (Armilar Venture Partners), e do qual recebeu em junho 57,8 milhões de euros por via da última ronda de financiamento da Outsystems. Com este ganho, o tal resultado indireto atingiu 42,7 milhões de euros, o que impulsionou o lucro.

A empresa liderada por ângelo Paupério (na foto) propõe a distribuição de metade dos lucros sob forma de dividendos, totalizando 11,2 cêntimos por acção (mais do triplo do valor do ano passado). 

Ainda assim, o resultado direto das atividades também subiu perto de 70%, para 27,2 milhões de euros, com a empresa a utilizar um crédito fiscal que lhe permitiu registar um imposto positivo, que lhe deu quase 3 milhões.

Antes de impostos, os resultados atingiram 24,4 milhões de euros, o que compara com os 16,8 milhões um ano antes.

O EBITDA do negócio cifrou-se em 35,5 milhões de euros, mais 30% que os 27,3 milhões de 2017, mas deste valor a maior parte refere-se às participadas, entre elas a Zopt, que detém uma posição na Nos.

É esta empresa de telecomunicações que garante a maior parte do EBITDA. O EBITDA do portefólio, que é o gerado pelas empresas consolidadas integralmente, cifrou-se em 2,4 milhões de euros, acima dos 300 mil euros de 2017, "principalmente impulsionado pela área de tecnologia mas também com contribuição positiva de media".

E aqui é a grande novidade, já que a Sonaecom refere apenas neste parágrafo que media - a empresa é dona do jornal Público - tem uma contribuição positiva. De resto não há mais dados financeiros sobre o Pùblico, dizendo apenas que "o desempenho positivo das receitas de subscrição online e conteúdos conjuntamente com uma nova metodologia de registo de custos de distribuição traduziram-se num crescimento de 4% no total das receitas quando comparadas com 2017". A empresa especifica que mudou o procedimento contabilístico relacionado com os custos de distribuição nos media. 

O volume de negócios consolidados atingiu os 169,1 milhões de euros, mais 21,2% que em 2017, com os custos operacionais a crescerem menos (19,4%) para 169,4 milhões de euros. Mas nestes valores já está incluída a Nextel, empresa adquirida no final do segundo trimestre de 2018, sem a qual o volume de negócios tinha aumentado 14,6%.
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