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Sonae IM lidera investimento de 46 milhões na israelo-americana SafeBreach

O braço de investimento tecnológico da Sonae foi co-líder da quinta ronda de financiamento (Série D) desta empresa pioneira no mercado de simulação de ataques cibernéticos e fugas de dados, naquele que é "o maior investimento realizado numa solução neste espaço”.

Equipa da SafeBreach.
09 de Novembro de 2021 às 14:00
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Em setembro de 2014, em Tel Aviv, Guy Bejerano, que foi diretor de segurança, e Itzik Kotler, "hacker" da Força de Defesa de Israel, fundavam a SafeBreach, empresa pioneira de BAS - "Breach Breach and Attack Simulation" (simulação de ataques cibernéticos), que logo em julho seguinte conseguiu, numa primeira ronda de financiamento, levantar quatro milhões de dólares (3,5 milhões de euros) junto de investidores.

 

Meia dúzia de anos depois, eis que a Sonae IM liderou, em conjunto com a Israel Growth Partners (IGP), a quinta ronda de financiamento (série D) da empresa, no valor de 53,5 milhões de dólares (46,2 milhões de euros), naquele que é "o maior investimento realizado numa solução neste espaço", garante o braço de investimento tecnológico da Sonae, em comunicado.

 

Uma ronda que mais do que duplica o investimento realizado na SafeBreach, elevando o financiamento total da empresa para mais de 106 milhões de dólares (91,6 milhões de euros).

 

"O capital irá permitir à empresa expandir para novas geografias, bem como continuar a melhorar as suas soluções em resposta às necessidades dos clientes", avança a Sonae IM, realçando que "a SafeBreach apoia empresas da lista Fortune 1000, entre as quais se encontram as cinco maiores empresas financeiras, além de outras na área da saúde e farmacêuticas que estão na vanguarda do desenvolvimento de vacinas contra a covid-19 e remediação da pandemia".

 

"A SafeBreach detém a plataforma de simulação de ataques mais abrangente do mercado - além de contar com mais de 21 mil métodos de ataques mapeados, tem capacidades de priorização flexível, com múltiplas possibilidades de integração e opções de remediação - ao mesmo tempo que é simples de implementar", sublinha Carlos Alberto Silva, managing partner da Sonae IM.

 

"Nunca tivemos um ‘feedback’ tão forte e positivo de clientes com elevado nível de exigência e estamos entusiasmados para suportar a empresa a acelerar a sua expansão comercial", avança Carlos Alberto Silva, que irá integrar o conselho de administração da SafeBreach, empresa sediada na Califórnia, Estados Unidos, e que tem o seu centro de I&D na capital de Israel.

 

"Na IGP, procuramos investir em líderes de segmento e a SafeBreach é o exemplo ideal do tipo de organização e tecnologia que apoiamos", afirma Assaf Harel, general partner da IGP.

 

"O mercado de Breach and Attack Simulation tem apresentado um crescimento significativo, intensificado durante este último ano, e a SafeBreach tem todo o potencial para o continuar a liderar. Estamos entusiasmados por apoiar a equipa na liderança desta tendência nos próximos anos", remata Harel, que também vai integrar o "board" da SafeBreach.

 

O conselho de administração da empresa terá ainda como observador Scott Frederick, managing director da Sands Capital, que participou nesta última ronda de financiamento da SafreBreach, a qual contou também com o Bank Leumi e o investidor estratégico ServiceNow, que se juntaram aos investidores existentes.

 

"Com a entrada numa nova fase de crescimento, este investimento vai expandir significativamente os nossos recursos para cobrirmos novos mercados e, ao mesmo tempo, aumentar a disponibilidade da nossa plataforma de validação de segurança contínua amplamente utilizada em empresas de grande dimensão e escala global", explica Guy Bejerano, CEO da SafeBreach.

 

"Perante o cenário de constante evolução das ameaças cibernéticas, muitas organizações investiram na compra de mais produtos de segurança, na expectativa de que isso as tornasse mais seguras. Mas a esperança não é uma estratégia viável - é necessária uma visão holística do risco", assegura.

 

De acordo com a Gartner, as organizações que adotam a gestão de vulnerabilidades baseada no risco terão 80% menos falhas de cibersegurança, sendo que a SafeBreach garante que a sua plataforma "apresenta as vulnerabilidades detetadas de forma personalizada, permitindo que os utilizadores se concentrem nos maiores riscos para a organização".

 

Criada há meia dúzia de anos, a partir de uma discussão no seio do grupo controlado pela família Azevedo sobre áreas de crescimento, a Sonae Investment Management (Sonae IM) continua, assim, às compras por esse mundo fora, tendo já desembolsado mais de 200 milhões de euros.

 

Soma já cerca de 40 investimento diretos, integrando participações em empresas à escala global, desde as fases iniciais às de crescimento, e em áreas estratégicas de negócio como a cibersegurança, infraestrutura digital e tecnologia aplicada ao retalho. 

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