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Reorganização do Facebook mantém Zuckerberg na liderança
A direcção do grupo, composta pelo fundador Mark Zuckerberg e pela sua 'número dois', Sheryl Sandberg, mantém-se intacta, ao passo que Chris Cox, próximo de Zuckerberg, terá a partir de agora a seu cargo as aplicações Facebook, Instagram, Whatsapp e Messenger.
A rede social Facebook, ainda a tentar recuperar a imagem, após o escândalo à escala global em torno da divulgação de dados pessoais, alterou na terça-feira as atribuições de vários dos seus dirigentes, mantendo-se Mark Zuckerberg como líder.
Um porta-voz citado pela agência noticiosa francesa AFP confirmou, embora sem fornecer mais pormenores, esta restruturação, a maior desde a criação do grupo, há quase 15 anos, e revelada pelo 'site' de informação especializada Recode.
A direcção do grupo, composta pelo fundador Mark Zuckerberg e pela sua 'número dois', Sheryl Sandberg, mantém-se intacta, ao passo que Chris Cox, próximo de Zuckerberg, terá a partir de agora a seu cargo as aplicações Facebook, Instagram, Whatsapp e Messenger.
O Facebook reorganizou igualmente as suas equipas dedicadas aos produtos e à tecnologia, criando três unidades, uma das quais consagrada à 'Blockchain', uma plataforma digital para bens virtuais, utilizada nomeadamente pelas 'criptomoedas' e que será dirigida por David Marcus, até agora à frente do Messenger.
Javier Olivan, também ele já um alto responsável no Facebook, será encarregado de uma divisão transversal dedicada à segurança e à publicidade nos diversos produtos do grupo, segundo o Recode.
Apesar de, no total, mais de uma dezena de responsáveis ter mudado de funções, nenhum parece ter abandonado o Facebook, refere o 'site' especializado.
Estas modificações no organigrama surgem quando Jan Koum, co-fundador do Whatsapp -- comprado em 2014 pelo Facebook por 19 mil milhões de dólares -, anunciou a sua saída da rede social, no mês passado, devido a divergências quanto à confidencialidade dos dados pessoais, segundo a imprensa norte-americana.
A imagem do Facebook sofreu graves danos quando rebentou, em meados de março, o escândalo Cambridge Analytica, nome da empresa britânica ligada à campanha presidencial de Donald Trump, em 2016, nos Estados Unidos, que deitou a mão a dados pessoais de dezenas de milhões de utilizadores do Facebook à revelia dos mesmos.
Ferozmente criticado e acusado de negligência na protecção dos dados pessoais dos utilizadores da rede social, Mark Zuckerberg pediu várias vezes desculpa, nomeadamente no Congresso norte-americano, que lhe pediu também satisfações sobre a outra questão que desde o ano passado afeta o grupo, as 'fake news' (notícias falsas) e outros esquemas de manipulação política que pululam na plataforma com 2,2 mil milhões de utilizadores, mas Zuckerberg reiterou a intenção de continuar à frente do grupo.