Notícia
Quanto valem as grandes tecnológicas? Mais do que o PIB de países como Canadá ou Rússia
O grupo das principais tecnológicas, onde se incluem nomes como a Apple, Microsoft ou a Amazon, contém empresas com valores de mercado que ultrapassam o PIB de algumas das principais economias mundiais.
As principais empresas de tecnologia continuam a crescer, apesar de uma crise à escala global criada pela pandemia de covid-19. Prova disso é a entrada da Microsoft para o clube dos dois biliões de dólares na semana passada ou, já esta segunda-feira, o Facebook a ultrapassar a barreira de uma capitalização bolsista de 1 bilião de dólares.
Com um valor de mercado de 2,25 biliões de dólares, a Apple é a empresa mais valiosa neste campeonato. A capitalização bolsista da dona do iPhone ultrapassa o produto interno bruto (PIB) de países como a Itália (1,885 biliões). Desta forma, no mapa das principais economias mundiais, a partir de dados do World Economic Outlook, do FMI, apenas países como os Estados Unidos (20,9 biliões de dólares), a China (14,7 biliões), Japão (5,04 biliões de dólares), Alemanha (3,803 biliões), Reino Unido (2,711 biliões de dólares), Índia (2,709 biliões) ou França (2,599 biliões) contabilizavam uma riqueza superior ao valor da Apple.
Já a Microsoft contabiliza 2,024 biliões - pela mesma lógica, o valor da tecnológica de Redmond ultrapassa o PIB de países como a Itália (1,885 biliões).
Seguem-se na lista de maiores capitalizações companhias como a petrolífera Saudi Aramco, que já figurou no clube dos 2 biliões, ao lado da Apple, mas que atualmente tem um valor de mercado que se situa nos 1,88 biliões de dólares.
A Amazon e a Alphabet, duas candidatas a um espaço no clube dos dois biliões, de acordo com as estimativas dos analistas, têm valores de mercado de 1,737 biliões e 1,672 biliões, respetivamente. Comparando com o PIB de 2020, este valor ultrapassa potências como o Canadá (1,643 biliões de dólares), a Coreia do Sul (1,643 biliões) ou a Rússia (1,473 biliões de dólares).
O Facebook ultrapassou esta terça-feira a marca de uma capitalização bolsista de 1 bilião de dólares. A rede social liderada por Mark Zuckerberg era a única das quatro big tech (Amazon, Facebook, Apple e Alphabet) que ainda não era uma "trillion dollar baby".
Quem são as 'trillion dollar baby' da tecnologia?
Apple, a mais valiosa
A Apple foi a primeira das grandes tecnológicas a chegar ao valor de mercado de um bilião de dólares, em 2018. Dois anos depois, em agosto de 2020, já em plena pandemia, a tecnológica liderada por Tim Cook chegava ao valor de 2 biliões de dólares.
A tecnológica foi a primeira companhia norte-americana a conseguir atingir esta fasquia. Num ano em que a pandemia obrigou a empresa a encerrar a maior parte das lojas, devido aos confinamentos, e a passar os eventos anuais para um formato digital, a empresa prosperou, especialmente devido às vendas do iPhone.
A Apple, fundada em 1976 por Steve Jobs, Steve Wozniak e Ronald Wayne, continua a aumentar o leque de produtos disponíveis. Depois do hardware, a tecnológica liderada por Tim Cook aposta nos serviços - a empresa já disponibiliza serviços de streaming de áudio, vídeo, conteúdos noticiosos, jogos, cartões de crédito ou ainda um serviço de subscrição de fitness.
A Apple passou a ser cotada em bolsa em 1980.
Microsoft, a segunda dos 2 biliões
Dois anos após atingir a capitalização de 1 bilião de dólares (trillion, em inglês), a Microsoft entra num novo e ainda mais exclusivo clube: o das empresas com um valor de 2 biliões de dólares.
Volvidos 46 anos desde a criação numa modesta garagem, pelas mãos de Bill Gates e Paul Allen, a Microsoft desbravou caminho até onde só a Apple e a Saudi Aramco conseguiram chegar. A dona do Windows é a segunda empresa nos EUA a chegar a esta marca, dez meses depois da Apple.
Em mais de quatro décadas de vida, a Microsoft multiplicou as áreas de negócio, passando dos PC e sistema operativo até apostas nos jogos, no universo Xbox, ou nas redes sociais – a empresa é dona da rede profissional LinkedIn desde 2016. Muitas destas apostas, inclusive a computação cloud, foram já feitas com Satya Nadella ao leme da empresa, que é desde 2014 CEO, sucedendo ao mais atribulado reinado de Steve Ballmer.
A Microsoft é cotada desde 13 de março de 1986.
Amazon, a loja que tem tudo
A multinacional norte-americana criada por Jeff Bezos, inicialmente chamada Cadabra, foi fundada a 5 de julho de 1994. E será justamente nesta data, mas já em 2021, que se vai iniciar um novo capítulo na ‘everything store’ com a passagem de testemunho de Jeff Bezos para Andy Jassy, que será o próximo CEO da empresa.
De um mercado online de livros nos anos 90 a Amazon passou a ser uma empresa com tentáculos em várias áreas, muito além do comércio eletrónico. A empresa é dona da Amazon Web Services, que prospera no mercado da cloud, fabrica hardware, é dona de serviços de streaming de vídeo e áudio e até tem um pé no mundo dos supermercados, detendo a cadeia de lojas Whole Foods. Mais recentemente, a empresa anunciou a aquisição dos estúdios MGM, um dos últimos estúdios independentes.
A Amazon é cotada na bolsa de Nova Iorque desde 15 de maio de 1997.
Alphabet, a dona da Google
A Alphabet, a casa-mãe da tecnológica Google, tem uma posição de destaque na área da pesquisa e publicidade online. A criação da multinacional norte-americana, fundada por Sergey Brin e Larry Page, aconteceu quando a dupla ainda frequentava a Universidade de Stanford.
O primeiro produto da Google teve como missão "organizar a informação mundial e torná-la universalmente acessível e útil", nascendo o motor de pesquisa com o mesmo nome. Hoje em dia a Google é muito mais do que a pesquisa - o serviço de email Gmail é um dos mais utilizados (em 2019 rondava os 1.500 milhões de utilizadores) e a empresa é ainda dona do Chrome, o navegador dominante. A empresa tem ainda espaço na cloud, através da empresa Google Cloud, e é dona do sistema operativo Android, que detém mais de 72% do mercado mobile.
A Google entrou em bolsa em agosto de 2004.
Facebook e o império das redes sociais
É a mais recente das cinco empresas. Nascida em fevereiro de 2004, a empresa criou a rede social onde hoje se concentram mais de 2 mil milhões de utilizadores.
Criada por Mark Zuckerberg e pelos colegas de faculdade Eduardo Saverin, Dustin Moskovitz e Chris Hughes, o Facebook não tinha como objetivo principal ligar o mundo mas sim o universo estudantil da Universidade de Harvard. Só mais tarde é que o Facebook passou a ser uma rede social à escala global.
A publicidade e a disponibilização de anúncios direcionados são o núcleo do modelo de negócio da empresa. Ao longo dos anos, o Facebook apostou nas aquisições para crescer - foi assim que passou a integrar serviços como o WhatsApp ou a rede social Instagram. A empresa adquiriu também a Oculus VR, apostando na área da realidade virtual.
O Facebook é cotado em bolsa desde maio de 2012.
Com um valor de mercado de 2,25 biliões de dólares, a Apple é a empresa mais valiosa neste campeonato. A capitalização bolsista da dona do iPhone ultrapassa o produto interno bruto (PIB) de países como a Itália (1,885 biliões). Desta forma, no mapa das principais economias mundiais, a partir de dados do World Economic Outlook, do FMI, apenas países como os Estados Unidos (20,9 biliões de dólares), a China (14,7 biliões), Japão (5,04 biliões de dólares), Alemanha (3,803 biliões), Reino Unido (2,711 biliões de dólares), Índia (2,709 biliões) ou França (2,599 biliões) contabilizavam uma riqueza superior ao valor da Apple.
Seguem-se na lista de maiores capitalizações companhias como a petrolífera Saudi Aramco, que já figurou no clube dos 2 biliões, ao lado da Apple, mas que atualmente tem um valor de mercado que se situa nos 1,88 biliões de dólares.
A Amazon e a Alphabet, duas candidatas a um espaço no clube dos dois biliões, de acordo com as estimativas dos analistas, têm valores de mercado de 1,737 biliões e 1,672 biliões, respetivamente. Comparando com o PIB de 2020, este valor ultrapassa potências como o Canadá (1,643 biliões de dólares), a Coreia do Sul (1,643 biliões) ou a Rússia (1,473 biliões de dólares).
O Facebook ultrapassou esta terça-feira a marca de uma capitalização bolsista de 1 bilião de dólares. A rede social liderada por Mark Zuckerberg era a única das quatro big tech (Amazon, Facebook, Apple e Alphabet) que ainda não era uma "trillion dollar baby".
Quem são as 'trillion dollar baby' da tecnologia?
Apple, a mais valiosa
A Apple foi a primeira das grandes tecnológicas a chegar ao valor de mercado de um bilião de dólares, em 2018. Dois anos depois, em agosto de 2020, já em plena pandemia, a tecnológica liderada por Tim Cook chegava ao valor de 2 biliões de dólares.
A tecnológica foi a primeira companhia norte-americana a conseguir atingir esta fasquia. Num ano em que a pandemia obrigou a empresa a encerrar a maior parte das lojas, devido aos confinamentos, e a passar os eventos anuais para um formato digital, a empresa prosperou, especialmente devido às vendas do iPhone.
A Apple, fundada em 1976 por Steve Jobs, Steve Wozniak e Ronald Wayne, continua a aumentar o leque de produtos disponíveis. Depois do hardware, a tecnológica liderada por Tim Cook aposta nos serviços - a empresa já disponibiliza serviços de streaming de áudio, vídeo, conteúdos noticiosos, jogos, cartões de crédito ou ainda um serviço de subscrição de fitness.
A Apple passou a ser cotada em bolsa em 1980.
Microsoft, a segunda dos 2 biliões
Dois anos após atingir a capitalização de 1 bilião de dólares (trillion, em inglês), a Microsoft entra num novo e ainda mais exclusivo clube: o das empresas com um valor de 2 biliões de dólares.
Volvidos 46 anos desde a criação numa modesta garagem, pelas mãos de Bill Gates e Paul Allen, a Microsoft desbravou caminho até onde só a Apple e a Saudi Aramco conseguiram chegar. A dona do Windows é a segunda empresa nos EUA a chegar a esta marca, dez meses depois da Apple.
Em mais de quatro décadas de vida, a Microsoft multiplicou as áreas de negócio, passando dos PC e sistema operativo até apostas nos jogos, no universo Xbox, ou nas redes sociais – a empresa é dona da rede profissional LinkedIn desde 2016. Muitas destas apostas, inclusive a computação cloud, foram já feitas com Satya Nadella ao leme da empresa, que é desde 2014 CEO, sucedendo ao mais atribulado reinado de Steve Ballmer.
A Microsoft é cotada desde 13 de março de 1986.
Amazon, a loja que tem tudo
A multinacional norte-americana criada por Jeff Bezos, inicialmente chamada Cadabra, foi fundada a 5 de julho de 1994. E será justamente nesta data, mas já em 2021, que se vai iniciar um novo capítulo na ‘everything store’ com a passagem de testemunho de Jeff Bezos para Andy Jassy, que será o próximo CEO da empresa.
De um mercado online de livros nos anos 90 a Amazon passou a ser uma empresa com tentáculos em várias áreas, muito além do comércio eletrónico. A empresa é dona da Amazon Web Services, que prospera no mercado da cloud, fabrica hardware, é dona de serviços de streaming de vídeo e áudio e até tem um pé no mundo dos supermercados, detendo a cadeia de lojas Whole Foods. Mais recentemente, a empresa anunciou a aquisição dos estúdios MGM, um dos últimos estúdios independentes.
A Amazon é cotada na bolsa de Nova Iorque desde 15 de maio de 1997.
Alphabet, a dona da Google
A Alphabet, a casa-mãe da tecnológica Google, tem uma posição de destaque na área da pesquisa e publicidade online. A criação da multinacional norte-americana, fundada por Sergey Brin e Larry Page, aconteceu quando a dupla ainda frequentava a Universidade de Stanford.
O primeiro produto da Google teve como missão "organizar a informação mundial e torná-la universalmente acessível e útil", nascendo o motor de pesquisa com o mesmo nome. Hoje em dia a Google é muito mais do que a pesquisa - o serviço de email Gmail é um dos mais utilizados (em 2019 rondava os 1.500 milhões de utilizadores) e a empresa é ainda dona do Chrome, o navegador dominante. A empresa tem ainda espaço na cloud, através da empresa Google Cloud, e é dona do sistema operativo Android, que detém mais de 72% do mercado mobile.
A Google entrou em bolsa em agosto de 2004.
Facebook e o império das redes sociais
É a mais recente das cinco empresas. Nascida em fevereiro de 2004, a empresa criou a rede social onde hoje se concentram mais de 2 mil milhões de utilizadores.
Criada por Mark Zuckerberg e pelos colegas de faculdade Eduardo Saverin, Dustin Moskovitz e Chris Hughes, o Facebook não tinha como objetivo principal ligar o mundo mas sim o universo estudantil da Universidade de Harvard. Só mais tarde é que o Facebook passou a ser uma rede social à escala global.
A publicidade e a disponibilização de anúncios direcionados são o núcleo do modelo de negócio da empresa. Ao longo dos anos, o Facebook apostou nas aquisições para crescer - foi assim que passou a integrar serviços como o WhatsApp ou a rede social Instagram. A empresa adquiriu também a Oculus VR, apostando na área da realidade virtual.
O Facebook é cotado em bolsa desde maio de 2012.