Hoje existem milhões e milhões de aplicações para dispositivos móveis. E todos os dias são desenvolvidas novas propostas para "smartphones", "tablets", relógios inteligentes e outros equipamentos. 

Apesar da Apple não participar em feiras de tecnologia, ao contrário de todas as suas rivais, a presença da marca da maçã no Planeta APP, auditório do Congresso Mundial de Comunicações Móveis dedicado às aplicações, é notória. A concorrente Google (Android) e a Microsoft (Windows Phone) marcam presença há anos em várias feiras, incluindo na de Barcelona. Aliás, o famoso boneco que representa o sistema da Google, está espalhado por toda a feira: os tectos dos quiosques são constituídos pela cabeça verde do Bugdroid, que também está espalhado em toda a feira quer em miniatura quer em "carne e osso".

Quem quer ganhar terreno neste segmento tem de expandir as suas ofertas ao máximo de equipamentos e, por isso, o iOS (sistema operativo da Apple) parece ser incontornável. 

Há aplicações e produtos apresentados na feira, que está a decorrer em Barcelona até quinta-feira, específicos só para a tecnológica liderada por Tim Cook. É o caso de uma capa para os iPhones que se transforma num "taser" (arma de choques eléctricos). Como o uso deste objecto é proibido em vários países, incluindo Espanha, a capa está apenas exposta, não estando a fazer demonstrações. 

As aplicações de "streaming" de música e televisão também fazem parte do portefólio da grande maioria das tecnológicas presentes no pavilhão 8 da maior feira de comunicações móveis, havendo aplicações para todos os gostos. Bem como a internet das coisas (IoT na sigla em inglês).

São vários os "stands" com demonstrações de aplicações que a partir do telemóvel ou do "tablet" conseguem controlar vários objectos do quotidiano, incluindo luzes, aquecimento, televisão, frigoríficos, entre outros. Uma tecnologia que será impulsionada pela implementação da quinta geração móvel (5G) a partir de 2020, que tem sido protagonista da feira.

A tecnologia 3D também está em destaque. Há aplicações que permitem ver conteúdos em vídeo a partir do "smartphone" e do "tablet" a 360 graus, com a ajuda de óculos, ou que permitem configurar sites de compras para ver artigos também a 360 graus.

Já a japonesa Hamamatsu desenvolveu uma aplicação que permite detectar problemas de pele através de uma simples gravação ou fotografia tirada num dispositivo móvel. Uma proposta que se direcciona para a medicina. 

Tal como a da GLXSS, que criou uns óculos, com aspecto normal, que permitem filmar e transmitir uma operação em directo e, em simultâneo, receber colaboração de outro médico que não está presente na sala, por exemplo, em tempo real.

*A jornalista está em Barcelona a convite da Samsung