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Lucros trimestrais da Lenovo sobem 19%, superando estimativas

A forte redução de custos foi a principal contribuição para os resultados da maior fabricante de computadores pessoais do mundo, já que as vendas trimestrais caíram 8%, a primeira queda em mais de seis anos.

Bloomberg
03 de Fevereiro de 2016 às 13:10
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A Lenovo reportou esta quarta-feira, 3 de Fevereiro, um resultado líquido de 300 milhões de dólares (275 milhões de euros) no seu terceiro trimestre, mais 19% do que em igual período do ano anterior, sobretudo devido à redução de custos, já que as receitas globais desceram.

As estimativas dos analistas apontavam para uma queda nos ganhos, para 242,5 milhões de dólares (222,3 milhões de euros).


Entre Outubro e Dezembro de 2015, as vendas da maior fabricante de computadores pessoais (PC) do mundo, totalizaram 12,9 mil milhões de dólares (11,8 mil milhões de euros), menos 8% do que no homólogo.

"No último trimestre, apesar de termos sentido o impacto da desaceleração global da economia, de variações cambiais nos mercados-chave e do declínio do mercado de PC, a Lenovo alcançou um lucro recorde e manteve o compromisso de se focar no mercado móvel", afirma o presidente executivo e "chairman" da Lenovo, Yuanqing Yang, em comunicado.

Ainda assim, os resultados não foram tão bem recebidos pelo mercado. A queda nas receitas trimestrais – a primeira em mais de seis anos – devido à menor procura por telefones e computadores, levou as acções da Lenovo a cair 10% em Hong Kong, a maior desvalorização em dois anos.

A Bloomberg evidencia que, mesmo apostando na expansão em novas áreas de negócios e geografias, a companhia continua a conseguir mais de metade das suas receitas no mercado de computadores, que tem tido um desempenho tímido.

A braços com um plano de poupanças na ordem dos 1,35 mil milhões de dólares anuais (1,23 mil milhões de euros) e de 3.200 postos de trabalho, a Lenovo tem tentado proteger os seus ganhos da crescente concorrência no negócio dos smartphones, ao mesmo tempo que enfrenta o desafio do abrandamento económico na China, o seu mercado doméstico.

A estratégia, explicou o executivo, citado pela Bloomberg, tem passado por conseguir aumentar a quota de mercado nos EUA e na Europa, antecipando-se que a divisão de smartphones se torne lucrativa no ano fiscal de 2017, depois do lançamento do Tango, um telemóvel de realidade aumentada, nos Estados Unidos, acompanhado da menor estrutura de custos.

Os comentários do CEO surgem depois de tanto a Apple como a Samsung Electronics terem alertado para a queda da procura, à medida que certos mercados ficam saturados e se regista um abrandamento da economia chinesa.

"Alguns parceiros nesta indústria têm feito avisos, mas pensamos que o mercado está a mudar a favor da Lenovo", afirmou o presidente da companhia, acrescentando que "não vai desistir" da China.
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