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Huawei: estar na lista negra de Trump tem um “impacto reduzido”
O presidente da tecnológica chinesa disse que voltar a poder comercializar produtos com empresas norte-americanas não vai ter grande efeito, uma vez que estar na lista negra dos EUA é "mais prejudicial para eles".
A Huawei voltou a poder vender ou transferir os seus produtos a empresas dos Estados Unidos, depois de uma concessão de Washington. No entanto, para o presidente da gigante tecnológica, Liang Hua, o efeito que esta medida tem é pequeno, uma vez que estar na lista negra de Donald Trump teve e tem um "impacto reduzido".
Esta abertura de Washington, numa altura em que ambos os países parecem encaminhar-se para selar a primeira fase do acordo comercial, pode ainda ser estendida. A administração da Casa Branca admitiu que poderia alargar esta medida por mais duas semanas, o que permitiria às empresas dos EUA continuar a vender a sua tecnologia à Huawei.
"Não interessa se haverá uma extensão (da medida). Em termos de impacto real na Huawei, será muito limitado", disse Liang, à CNBC, à margem de uma conferência de tecnologia na China. Acrescentou que as principais prejudicadas neste processo "são as empresas americanas" e não a Huawei.
O líder da empresa garantiu que "a Huawei tem a capacidade de garantir que todos os seus principais produtos, incluindo estações do 5G, possam ser fabricados e fornecidos aos seus clientes sem depender de peças dos EUA".
Em setembro, o CEO da Huawei, Ren Zhengfei, tinha dito que no próximo ano planeia ter cerca de 1,5 milhões de estações de 5G implantadas e nenhuma terá qualquer tipo de componente norte-americano.
A Huawei é a maior fabricante de smartphones do mundo e um dos principais nomes no desenvolvimento da quinta geração de internet móvel e é vista como um "player" fundamental para as ambições da China de se tornar o país mais avançado no desenvolvimento do 5G.